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Candidato à prefeitura de Anchieta é denunciado por liderar organização criminosa
Por Hamilton Garcia
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 18:13
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A Procuradoria Regional Eleitoral no Espírito Santo (PRE/ES) denunciou o deputado estadual e candidato a prefeito de Anchieta Almir Vieira (PRP) por liderar uma organização criminosa que desviou R$ 1.428.938,57 da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES), por meio da utilização de empresas de fachada e de dados de terceiros. Do total desviado, R$ 252,7 mil foram destinados ao financiamento da campanha de Vieira à deputado em 2014. O valor representa 56,88% do total arrecadado para promover sua candidatura.
Se condenado pelos crimes de peculato, que consiste no desvio de dinheiro público, e lavagem de dinheiro, Almir Vieira pode pegar uma pena total de 30 anos de prisão e perder o cargo de deputado estadual.
De acordo com a PRE/ES, outras seis pessoas também foram denunciadas por participar do esquema. Gilvan Douglas Correia, que era assessor de Almir na Associação, é apontado como braço direito e melhor amigo do deputado. Atualmente é seu chefe de gabinete na Assembleia Legislativa e foi coordenador de sua campanha eleitoral. Ele foi responsável pela arrecadação de recursos e agiu para que diversas pessoas assinassem recibos eleitorais falsos. Gilvan foi preso na última quarta-feira (17), em Vila Velha, durante a Operação Maçarico, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a procuradoria.
Entre os crimes praticados pelos denunciados estão organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de recibo eleitoral, falsidade da prestação de contas, peculato, lavagem de capitais e embaraço à investigação de organização criminosa.
A Procuradoria Regional Eleitoral pede, além da condenação dos envolvidos pelos crimes praticados, que seja determinada aos denunciados a devolução do valor total que foi desviado dos cofres da Associação, acrescido de juros e correção monetária.
Procuramos o deputado para se manifestar sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno.
Fonte: Ministério Público Federal no Espírito Santo.
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