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Eventos em Guarapari terão horário para acabar

Por Natália Zandomingo

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 18:53

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Na última segunda-feira (29) foi realizada na Promotoria de Justiça de Guarapari, uma Audiência Pública para discutir formas de realizar eventos na cidade minimizando os impactos para as comunidades. A audiência foi convocada após o Comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar (PM), Tenente Coronel Mutz, relatar ao Ministério Público Estadual problemas relacionados a furtos e uso de drogas nas proximidades da arena de shows localizada no bairro Perocão. Entre as propostas apresentadas pela PM, está o limite para o término dos eventos às 3h da manhã.

Participaram da Audiência a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, representantes da Arena Pedreira, o Departamento de Estradas e Rodagem do Espírito Santo (DER-ES), além do Ministério Público, que mediou o debate. Segundo a Polícia, as ocorrências foram registradas durante os últimos dois eventos que aconteceram no local, quando os shows se estenderam até às 7h do dia seguinte. “Eu relatei alguns problemas que chegaram até o Batalhão e o Ministério Público se sensibilizou e chamou a todos para essa conversa. Nós estamos aqui começando a construir uma solução”, afirmou Mutz.

Temente Coronel Mutz, Comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar.

Tenente Coronel Mutz, Comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com o Comandante, o efetivo de policiais não é suficiente para atender a quantidade de eventos que acontecem no município. “Um evento que envolve 10 mil pessoas precisa ter maior cuidado, envolvendo um efetivo com mais policiais do que um evento com 500 pessoas”. Segundo a Polícia, quando são realizados eventos simultâneos a situação é ainda pior, pois a corporação precisa deslocar militares dos bairros para atender ao evento. Dependendo da necessidade, homens de outras cidades são deslocados, gerando despesas com diárias.

Os militares esperam que todos os shows sejam regulados e que a PM seja avisada com a antecedência necessária para planejar a operação e providenciar um efetivo razoável de policiais. A instituição também sugeriu o recolhimento de taxas para custear despesas com esse tipo de operação, mas informou que para isso é preciso fazer uma regulamentação por meio de lei estadual.

Sandro Abreu, proprietário da Pedreira, disse que foi à audiência para ouvir os problemas relatados pela polícia e discutir soluções. Segundo ele, finalizar os eventos às 3h da manhã é inviável. “Quando tem horário de verão o dia termina às 19h30. Mesmo que o show tenha duração de seis horas, vamos competir com a praia. Como vamos começar o evento às 20h para terminar 2h ou 3h da manhã? Isso é fora da realidade do município. A gente precisa encontrar um meio termo. Já estamos com problemas de receita pela ausência de algumas empresas em Guarapari e nas cidades vizinhas. Acredito que o horário ideal seria às 5h”, concluiu. Sandro também disse que não haveria problema em pagar uma taxa para o Estado para reforçar o policiamento, desde que seja regulamentada. “Daria mais segurança para o evento”, disse.

O empresário Alex Willians, morador da Enseada do Sol, na região norte do município, se preocupa com os impactos no turismo. “A gente vive uma sazonalidade que atrapalha muito o dia a dia do morador, que acaba não tendo muita renda durante o ano e ganha dinheiro apenas no verão. Uma medida como essa nos preocupa muito, porque limitar o evento até às 3h inviabiliza a produção de vários shows e isso tira o brilho do turismo da cidade, diminuindo o fluxo de pessoas que poderiam estar consumindo em Guarapari”.

DER-ES e Corpo de Bombeiros Militar

Um dos problemas apresentados na região de Perocão é o transtorno causado no trânsito da região. O DER-ES informou que existe a previsão de intervenções viárias na região, como a instalação de retornos, para melhorar o fluxo de veículos, mas os recursos ainda não estão disponíveis.

Já o Corpo de Bombeiros esclareceu que a pouca antecedência para realizar a fiscalização gera tumulto e prejudica a apuração das reais condições dos estabelecimentos, nos casos de eventos temporários.

Prefeitura

A Prefeitura de Guarapari informou por meio de nota que, a Audiência Pública não era de conhecimento da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Turismo. Segundo o órgão, “Não há embasamento legal para limite de horário e sim, questões referente à adequação do evento como licenças, alvarás, ambulâncias, banheiros e adequação dos decibéis” (altura do som). Segundo a prefeitura, os eventos na cidade devem atender à Lei Complementar 071/2014, a lei de eventos.

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