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Fenômeno Pokémon Go e as eleições
Por Hamilton Garcia
Publicado em 24 de agosto de 2016 às 11:46
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Por Tayla Oliveira
Com a chegada do jogo inspirado em um game da década de 90, no qual jogadores saem por aí caçando monstrinhos que aparecem na tela dos celulares através do conceito inovador de realidade aumentada, muita gente está saindo da zona de conforto rumo às ruas, shoppings e estabelecimentos comerciais. O objetivo é chegar à marca de 140 monstrinhos capturados.
O fenômeno denominado Pokémon Go é, portanto, a sensação não só no Brasil, como no mundo. Para se ter ideia da dimensão que o jogo está tomando, em menos de 24 horas, foram mais de 50 milhões de downloads em aparelhos com Android no Brasil. Na lista do IOS, sistema utilizado pelo iphone, o aplicativo é o número um entre os mais baixados.
Mas qual a relação do fenômeno Pokémon com a proximidade das eleições? A frase chave é: contra fatos não há argumentos. Não entendeu? Vamos começar pelo número de engajamento.
Mais de 50 milhões de pessoas se mobilizaram para ter o aplicativo em seus celulares e boa parte já saiu para caçar esses monstrinhos. Enquanto no cenário político, um milhão de pessoas em todo o Brasil foi às ruas em protestos contra ou a favor do governo atual.
Será que a mesma disposição é válida para os dois casos? Basta uma volta pelas ruas do bairro para ver grupo de jovens e até adultos em busca de pokémons. O sorriso e a euforia nesse cenário são indiscutíveis. O mesmo não acontece em um domingo de eleições, em que muitos vão obrigados cumprirem o direito de votar e escolher o seu representante.
Mas é indiscutível que o senso de competitividade é mesmo motivador. Até as empresas entraram na onda de caça aos monstrinhos e claro, estão tirando proveito da situação gastando seu capital para terem Pokémons raros em seus estabelecimentos, atrair usuários e converter visitas em consumo.
Nas redes sociais o assunto não é diferente. Todos estão comprometidos em se colocarem a par de tudo que envolve esses personagens do desenho animado.
Fato é que assim como a chegada da Tocha Olímpica e automaticamente o início das Olimpíadas abafaram o momento histórico de Impeachment e a discussão da permanência ou não da Presidente Dilma Roussef, o fenômeno Pokémon também ofuscou a escolha dos candidatos que em seguida serão escolhidos por nós nas urnas.
O convite é que cidadãos façam do fenômeno, também aquele que motiva e encoraja os eleitores a lutar a favor de seus direitos e irem com vontade às urnas para escolherem representantes que vão mudar o país, assim como a tecnologia com a realidade aumentada e a interatividade com o mundo virtual e real motivou a ida às ruas para a caça de Pokémon.
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