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Maria Pipoqueira: exemplo de perseverança

Por Livia Rangel

Publicado em 11 de maio de 2015 às 13:40

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Maria Pipoqueira: trabalha com mesmo carrinho de pipoca há 42 anos. Foto: Secom/PMAC

Maria Pipoqueira: trabalha com mesmo carrinho de pipoca há 42 anos. Foto: Secom/PMAC

Mãe de 11 filhos e avó de 54 netos e bisnetos, dona Maria Silva Brandy, 72 anos, a popular Maria Pipoqueira, é sinônimo de perseverança e luta em Alfredo Chaves. Ela começou a trabalhar aos sete anos como babá, casou-se bem nova e sustentou toda a sua família trabalhando dia e noite, após a morte do marido. Foi a primeira pipoqueira do município e continua no posto até hoje.

Sempre determinada, Dona Maria contou sua vida para a equipe da Secretaria Municipal de Comunicação Social. De acordo com ela, com apenas 16 anos se casou e aos 17 teve o seu primeiro filho. A vida naquela época, segundo ela, era muito difícil e as coisas pioraram após o assassinato do seu marido.

“Fiquei sozinha com 08 filhos para criar. Tive que trabalhar sem parar para sustentá-los, naquela época não tinha ajuda do governo e nem creche, era apenas eu, Deus e meus filhos”, disse. Maria descreveu que a casa onde morava era de pau-a-pique e coberta com palha, não tinha água encanada e lavar roupas somente era possível na beira do rio. “Hoje temos conforto, antigamente só com ajuda de Deus”, rememora.

Para aumentar a renda familiar, Maria, além de trabalhar em lavouras da região durante o dia, começou a produzir cocada e salgados para vender em festas e de porta em porta. “A pipoca veio depois. Comecei com doces e salgados e depois adquiri o carrinho de pipocas que tenho até hoje e me ajudou muito”. E esse carrinho já tem 42 anos e continua ativo.

“Falo com meus filhos que eu sou a mãe deles, mas quem ajudou a criá-los foi o carrinho de pipocas”, brinca. De acordo com a famosa pipoqueira, ela vendia a pipoca e outros produtos nas festas da cidade e do interior durante os finais de semana. “Dormia nas festas mesmo, levava meus filhos e os colocava perto de mim em uma esteira”, relembra.

Maria relatou mais sobre a sua história: “depois de cinco anos viúva, me casei novamente e tive mais três filhos. Fiquei algum tempo com meu segundo marido, mas não deu certo e continuei só com meus filhos, criando minha família”.

Hoje, Dona Maria Pipoqueira é aposentada, mas continua vendendo sua pipoca no mesmo carrinho de sempre nas festas do município, além de vender cocada nos comércios da cidade. “Criei meus filhos e construí minha casa graças à venda de pipocas. Nunca tive luxo, o dinheiro que fazia era para pagar as despesas do mês. Minha vida sempre foi trabalhar”, conta emocionada.

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