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Movimento Urbano planeja mais manifestações contra decreto 362/2017 em Guarapari

Por Redacão Folha Vitória

Publicado em 16 de junho de 2017 às 18:58

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A manifestação que interditou parcialmente o acesso à ponte de Guarapari na manhã de hoje durou cerca de 5 horas e causou um grande engarrafamento nos acessos ao Centro e ao bairro Muquiçaba. O objetivo foi pedir que a prefeitura anule o decreto 362/2017 que começa a vigorar amanhã (17) e chamar a atenção da população para o impacto que vai causar para quem precisa do transporte intermunicipal.

O protesto começou tímido, com cerca de 20 manifestantes, mas com o passar das horas mais pessoas chegaram ao local e ao final, mais de 80 pessoas apoiavam a manifestação com cartazes e gritos de ordem. A assistente social Dora Martins Prestes é moradora de Vitória, mas tem apartamento em Guarapari e vem com frequência para a cidade.

“Guarapari é uma cidade maravilhosa, linda, mas parece que as administrações daqui fazem de tudo para dificultar a vida das pessoas. Primeiro foi o rotativo que atrapalhou muita gente, principalmente do Centro. Agora este decreto. Antes eu pegava um ônibus em Vitória e descia praticamente na frente da minha residência aqui. Agora vai ficar difícil. Deixei de vir para cá de carro por causa disto. Já tem o pedágio que é caríssimo, mais o rotativo e agora os ônibus, sem falar que se passar mal aqui a coisa fica pior ainda, pois o sistema de saúde é precário”, desabafou Dora.

Durante o protesto de hoje, vários motoristas demonstraram apoio ao manifestantes ao passarem pelo bloqueio, mas também era comum ouvir pessoas que passavam indignadas pelo local andando, já que os ônibus municipais paravam antes do acesso à ponte para não ficarem presos.

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Na próxima semana o Movimento Urbano vai fechar o trecho em frente da rodoviária de Guarapari. João Thomazelli/folhaonline.es

“Eu concordo que o decreto é abusivo, mas não sou a favor disso. Acho que o protesto deveria ser feito na frente da prefeitura ou da rodoviária e não aqui para atrapalhar o trabalhador de chegar no serviço. Eu tive que descer e vu ter que andar mais de três quilômetro e ainda vou chegar atrasado. Nesta crise não posso arriscar o emprego”, reclamou Ademir de Souza Martins, que trabalha em um supermercado no bairro Muquiçaba.

Também preocupados com o desemprego, os motoristas e cobradores dos ônibus intermunicipais aderiram à manifestação e não reclamaram quando os manifestantes retiveram todos os coletivos que passavam no local. Pela manhã, nenhum ônibus partiu para a Grande Vitória ou para as cidade do Sul do Estado.

Apesar das diferentes opiniões, o Movimento Urbano, formado em sua maioria por usuários dos ônibus intermunicipais, já programou as próximas movimentações.

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Os ônibus intermunicipais ficaram retidos no protesto e nenhum deles seguiu o destino programado. foto: João Thomazelli/folhaonline.es

“Na próxima terça-feira convidamos, quem puder ir, a acompanhar a sessão da Câmara de Vereadores. Lá vai ser proposto a realização de uma audiência pública para tratarmos do decreto 362/2017. Já na quarta-feira (21) vamos fechar a Rodovia Jones dos Santos Neves em frente na frente da rodoviária da mesma forma que fechamos hoje na ponte. E de lá vamos definir quais as outras movimentações que faremos. Além disso, existem as ações judiciais que entramos desde o ano passado e já está para serem julgadas”, disse Iraci Marques, uma das representantes do Movimento Urbano.

Ela, que trabalha na rede pública de saúde da prefeitura de Vitória e usa todos os dias os ônibus intermunicipais para ir trabalhar, disse que o resultado da manifestação foi positivo e que a maioria dos moradores apoiou a atitude dos protestantes.

“O apoio da população foi muito positivo. Não podemos parar, pois sabemos que muito serão prejudicados com este decreto. Muitos vão perder o emprego, vão gastar horas para se deslocarem de casa para o trabalho. É uma covardia com a população”, finalizou Iraci.

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