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Upa de Guarapari: problemas só pioram e funcionários pedem solução

Por Criação HM Propaganda

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 19:21

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Funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari estão preocupados com a falta de segurança no local. E com razão, porque desde o dia 07 de janeiro a Upa está sem o segurança. Na madrugada desta segunda-feira, um paciente arrebentou a porta da sala onde é feita a classificação dos pacientes e depois pulou o balcão da recepção e passou a ameaçar a recepcionista.

Alguns funcionários da Upa contam que a sensação de insegurança é constante e não sabem se vão voltar para casa. Inclusive foi isso que uma atendente falou em sua página no Facebook. “Você sai para trabalhar e nunca sabe se volta. Paciente me ameaçou de morte, pulou balcão por cima de mim. ameaçou todos dentro da Upa, quebrou porta da classificação…” desabafou a recepcionista.

Remédios de uso corriqueiro e até de uso mais complexo estão em falta na unidade. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

Remédios continuam faltando na unidade. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

O homem chegou a ser preso e levado para a delegacia, mas foi liberado depois de pagar fiança de R$ 300,00.

Os problemas da falta de segurança começaram quando o segurança que trabalhava no local não pode mais portar arma. “Ele mesmo dizia que não podia fazer muita coisa caso aparecesse alguém armado ali. Nós recebemos pessoas baleadas para tratar aqui. Imagina se aparecer alguém aqui com uma arma? Será que vaio ter que morrer um servidor para que a prefeitura tome alguma providência? Estamos nas mãos de Deus aqui”, desabafou um funcionário da Upa para a reportagem do Folha da Cidade.

O paciente teve um ataque de fúria e quebrou uma porta e ameaçou os funcionários da Upa de Guarapari.

O paciente teve um ataque de fúria e quebrou uma porta e ameaçou os funcionários da Upa de Guarapari.

Depois do dia 7 deste mês, o contrato da prefeitura com uma empresa de segurança venceu e não foi renovado. Por causa disso, desde este dia, não há mais nenhum tipo de proteção para os funcionários da Upa, armado ou não.

Procuramos o Sindicato dos Servidores de Guarapari (Sintrag) para comentar o caso. Em nota a presidente da entidade disse o seguinte:

“É com muita tristeza que o SINTRAG toma conhecimento dos fatos que vem ocorrendo na UPA do nosso município, pois por várias vezes alertamos a administração pública das dificuldades que nossos servidores tem encontrado para a realização de suas funções.  O SINTRAG, se coloca a disposição dos servidores e nos comprometemos de procurarmos, juntos a Administração Municipal, uma solução rápida para que os servidores no exercício de sua função sintam-se em segurança”, disse Rose Abud.

Falta de Remédios

Os funcionários também reclamaram que a falta de remédios e materiais para curativo ainda estão faltando na Upa. a situação já foi mostrada aqui no Folha da Cidade, em reportagem publicada no dia 18 deste mês.(veja aqui)

No último sábado os curativos tiveram que ser suspensos pois o estoque de gazes estava no final e não existia previsão para chegada de mais. Além disso, alguns remédios estão em falta ou com o estoque quase acabando.

Os curativos do sábado foram suspensos e o álcool que tem é para fazer desinfecção de superfícies… E o que é usado para assepsia ( limpeza de peles) está no fim. Continuamos sem dipirona, captopril entre outros. Só o que tem é midazolan, fentanil e hidrocortisona para emergências, mas muito pouco mesmo” disse um funcionário.

Ambulâncias

Na última sexta-feira uma mulher, moradora do bairro Lameirão e grávida de 38 semanas, procurou a emergência da Upa, mas como o caso dela era para um obstetra, a Unidade não pôde atendê-la e a encaminhou para o Hospital Francisco de Assis, na Praia do Morro. O problema era que não havia ambulâncias disponíveis para levá-la até lá.

A solução foi pedir a um amigo para desse uma carona. Ao chegar na Upa, outras duas crianças, uma delas com um corte na cabeça também esperavam um meio de chegarem até o HFA. “Eu dei carona para todos, mas fiquei pensando no absurdo da situação. Como a unica unidade de emergência da cidade não tinha uma ambulância para levar a grávida e as duas crianças para o hospital?, desabafou o homem que levou os pacientes para o HFA.

Prefeitura de Guarapari

Procuramos a prefeitura de Guarapari para falar sobre a falta de segurança na Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari e sobre o ocorrido nesta madrugada, assim como a falta de medicamentos, cuja situação já foi publicada aqui. Em nota a administração municipal informou que:

A Prefeitura informa que a Unidade de Pronto Atendimento não conta com o serviço de segurança desde o dia 07, devido ao contrato que não foi renovado pela administração anterior. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde já abriu processo de contratação desses profissionais de segurança, para que o quadro seja preenchido o mais breve possível. A Prefeitura informa ainda que, a Unidade conta com o patrulhamento ostensivo da Polícia Militar”.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.

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