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2018 é logo ali II
Por Glenda Machado
Publicado em 20 de agosto de 2017 às 17:01
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A Câmara dos Deputados tem pouco menos de um mês para votar a minirreforma eleitoral. Pra variar, mais um remendo do que propriamente um modelo eleitoral. A maioria dos deputados está pensando em sua própria sobrevivência. O que é obvio, com a quantidade enorme de vícios e mazelas que carregam. Por isso, em outras ocasiões, defendi a convocação de uma constituinte com notáveis para construir uma proposta coerente. Você não pode colocar raposas para defender o galinheiro.
O modelo que ganha preferência entre os deputados é o chamado “distritão”, os mais votados são os eleitos, não importa o partido. As coligações proporcionais também são extintas. A força do poder e de quem está no congresso, ou nas assembleias, tem muita vantagem. Os partidos perdem nessa disputa.
No formato atual das eleições, os partidos ficam a “cata” de candidatos nas cidades – às vezes a laço, para montagem das chapas, e é comum no mínimo, ter entre sete e 10 candidatos nativos, que na maioria absoluta não têm chance alguma de se eleger. Acontece muito com vereadores. Enfim, é o jogo dos partidos.
E para Guarapari, quais as consequências do “distritão”? Para início de conversa esse “monte” de candidatos deixa de existir, pois a perspectiva de votos é pequena: 2, 3 talvez 4 mil votos não adiantam de nada. Não temos deputado estadual, nem federal. Elegemos Edson Magalhães, mas ele abandonou a Assembleia e ganhou a disputa pela prefeitura. O que significa que os cerca de 60 mil votos válidos estão órfãos.
Nesse quadro nomes como Gedson Merízio (PSB) e Carlos Von (PSDB) saem na frente, pois têm a lembrança muito forte dos eleitores e praticamente a garantia de que terão legenda para disputar a eleição. Correndo por fora o vereador e presidente da Câmara Municipal, Wendel Lima (PSD), vai precisar que seu padrinho político, Edson Magalhães, ponha um pé na porta e garanta uma vaga para disputar a eleição.
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