Anúncio
Coronavírus: Hotelaria de Guarapari apoia decreto mas vê ineficiência nas medidas
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 19 de março de 2020 às 17:42
Anúncio
A proibição da entrada ônibus de excursão, vans e micro-ônibus no município foi pauta da reunião entre poder público municipal e representantes do turismo, nesta tarde (19)
Na tarde de hoje (19), a Prefeitura de Guarapari promoveu uma reunião para tratar da suspensão da entrada de ônibus de excursão, vans e microônibus no município. O encontro ocorreu no 10º Batalhão da Polícia Militar de Guarapari e contou com a presença de membros da Secretaria de Turismo, Empreendedorismo e Cultura (Setec), da Secretaria de Postura e Trânsito (Septran), da Polícia Militar e Polícia Civil, além de agentes do turismo. Na ocasião, representantes da rede hoteleira apontaram ineficácias nas medidas estabelecidas.
A proibição da entrada desses tipos de veículos no município foi estabelecida por meio do Decreto Nº. 203/2020, publicado nesta manhã (19), e tem por objetivo conter a propagação do coronavírus (Covid-19). “Os meios de transporte que tenham aglomeração de pessoas serão convidados a recuarem da cidade”, explicou Letícia Regina, secretária de Turismo, Empreendedorismo e Cultura. Segundo ela, esse é um meio de garantir a preservação da saúde dos moradores de Guarapari e, dentro de alguns dias, o decreto será reavaliado, com possibilidade de modificações. Para que a medida seja aplicada, a prefeitura conta com o apoio da Polícia Militar, que irá fiscalizar as vias que dão acesso à cidade.
Ainda conforme o decreto, a orientação para responsáveis por hotéis e pousadas é que, no caso de recebimento de hóspedes estrangeiros e/ou advindos de locais com incidência do Covid-19, preencham um termo próprio de responsabilidade e o questionário de saúde disponibilizados pelo Município, que devem ser encaminhados imediatamente ao setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde.
Durante a reunião, agentes do turismo posicionaram-se a favor das medidas decretadas. Contudo, o fato de que turistas ainda poderão chegar ao município, desde que em meios de transporte não coletivos, gerou conflitos. De acordo com Marco Azevedo, presidente da Associação de Hotéis e Turismo e Convention Bureau de Guarapari (AHTG), o decreto é necessário, mas as medidas deveriam ser mais drásticas. “A gente precisa de atitudes corajosas, neste momento. Se ficarmos indecisos e não tomarmos atitudes mais rígidas, a gente pode não conter o caos que pode se formar. Nós somos empresários, se você perguntar para o hoteleiro se ele quer fechar, ele dirá que não, mas isso independe de nós”, disse.
Segundo Marco, os empresários do ramo turístico temem a falência, isso porque as pequenas empresas podem não suportar a queda de receita provocada pela pandemia do coronavírus, mas esse não é o maior medo, no momento. “Essa é uma decisão técnica, que deve ser tomada diante de orientações de profissionais da saúde. Depois, devem ser criadas condições para que as empresas voltem a operar. O que passa pela fiscalização dos meios de hospedagem irregulares, que são os mais perigosos para a economia e para a saúde”.
A secretária Letícia Regina informou, durante a coletiva de imprensa, nesta tarde (19), que ainda não foram planejadas medidas que atenuem os prejuízos que serão causados às empresas do setor do turismo. Segundo ela, essas definições serão discutidas futuramente.
Texto: Nicolly Credi-Dio
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.
Tags:
Anúncio
Anúncio
Veja também
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio