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É chegada a hora da verdade na qual quem ganha mais doará 50%
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 19 de abril de 2020 às 15:00
Atualizado em 12 de maio de 2020 às 18:05
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Antônio Ribeiro (*)
Li que alguns atletas estavam se antecipando às necessárias negociações pós pandemia, aceitando voluntariamente uma redução de salários de até 15%, que no caso pode ser só 10%. Se ganham 100, 200 ou 300 mil, 10% seria como uma esmola.
Em alguns lugares comentam um percentual de até 25% como limite máximo para uma redução de salários, por conta da crise que certamente virá quando o vírus se for. Dependendo do período, este percentual também é pequeno.
Considerando que atletas, atores, apresentadores, cantores, chefs, diretores, executivos, liberais, modelos, pastores e outros ganham 50, 100 mil ou bem mais, todos recebendo muito acima da média, 15 ou 25% não é muito.
Para completar o grupo destes privilegiados tão comuns no nosso país, ainda faltam os políticos, lobistas, assessores e ministros, quer do supremo, quer do governo, são muitos os que podem servir como exemplo.
Até pouco tempo o maior problema do povo era a falta de emprego que afligia mais de 10% da nossa população, percentual que já deve ter dobrado e logo será triplicado assim que começarem as demissões.
Pelas filas para receber R$ 600 dá para perceber que logo o maior problema do povo sem emprego e salários, será comida e nisto o risco de saques a supermercados e outros comércios de alimentos virá.
Para que este tempo não chegue, estes abençoados pela sorte e por talentos, dariam 50% do que ganham em cestas básicas que custam cerca de R$ 50 cada, podendo ser deduzidos no imposto de renda.
Pensando em maior lisura e praticidade, estas centenas de cestas básicas seriam entregues em ato público as associações de moradores, evitando assim as milhares de ONGs, que poderiam dar viés político.
Mostrando estes atos em redes sociais, eles teriam mais impacto que fotos de viagens ou outras compras de luxo, que muitas vezes geram efeito contrário deste citado, pela ostentação que denotam muitas vezes.
Demonstrando que o momento pede grande desprendimento, algumas empresas já começaram a doar milhares de EPIs e centenas de respiradores.
Aí chegará também a vez dos meios de comunicação, dando destaque a coisas boas, já que a população está cansada de coisas ruins. Assim seja!
(*) Especialista em Marketing pela PUC, Master Business Administration pela FGV e Administrador pela Universidade Mackenzie.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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