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Saúde e economia: máscaras faciais ditam negócios em Guarapari
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 08:30
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Com a pandemia, a máscara facial, além de uma das medidas para evitar a propagação da Covid-19, foi uma oportunidade para empreender; um verdadeiro festival de cores, estampas e modelos.
Em todo Brasil, diante das mudanças de comportamento social, empresas e pessoas viram na confecção e na revenda das máscaras faciais a saída para salvar os negócios ou complementar a renda. Três exemplos de Guarapari provam isso e contam como as peças contribuíram também com a saúde financeira.
Helaine Pinheiro, à frente das lojas Atrevida, viu na marca Lupo (que revende com exclusividade na cidade) a chance de manter as vendas. A empresa, voltada para a confecção de roupas íntimas, recuperou boa parte do fluxo de encomendas com uma mudança na linha de produção. Ao invés de roupas, a empresa passou a produzir máscaras. Segundo Helaine, a máscara tem um tecido de toque macio, que torna o produto confortável e oferece alívio térmico e bem-estar aos usuários. Além disso, possui rápida absorção de umidade. “Temos duas lojas Lupo exclusivas aqui em Guarapari. No início ficamos com medo de não conseguir vender. Porém, deu tudo certo, realizamos divulgações; e hoje, às vezes até falta na fábrica para enviar para gente”, comentou.
A empresária ressaltou que o sucesso foi tão grande, que a fábrica começou a realizar também as máscaras infantis. “Logo depois que perceberam o sucesso, eles criaram a linha infantil. Os pais pediram bastante”.
Já a empresária Adriana Cunha de Carvalho e o marido, são proprietários da Biotipo Uniformes e decidiram investir na confecção de máscaras durante a pandemia do novo Coronavírus. Adriana explicou que 2020 foi um ano difícil e desafiador para muitas pessoas. A loja, que possui foco em uniformes escolares das principais escolas de Guarapari e também de empresas do Brasil inteiro, precisou mudar as demandas. “No começo da pandemia, o comércio e as escolas foram fechados, causando uma pausa na produção dos uniformes. Foi ai que nos reinventamos! Para manter nossos empregados e as famílias de cada um, passamos a produzir máscaras com qualidade e preço imbatível, disse.
Ela conta que, após começarem a vender o produto, a fábrica ficou conhecida. “Nos procuraram para fazer a máscara do Tigrão (famosa estátua de Guarapari), mostrando a importância dos cuidados e do uso da máscara. Com a reabertura das lojas, passamos a fabricar máscaras personalizadas para empresas, que foi uma aposta de sucesso também. Foi assim que nos mantemos na pandemia, trabalhando em equipe e produzindo um produto novo e essencial para prevenção da Covid-19. Para esse novo ano, que mantenhamos os cuidados e principalmente o uso da máscara, que foi e ainda é primordial para proteção da contaminação pelo vírus. A pandemia, infelizmente, ainda não acabou e precisamos ter consciência e tomar todos os cuidados necessários para salvar vidas e proteger quem amamos”, finalizou.
As medidas restritivas provocadas pelo novo Coronavírus alterou a rotina de todo o mundo, inclusive a da empresária Maria Antônia dos Santos, que começou a produzir máscaras para uso próprio e da família; hoje, vende as peças por encomenda. Toninha, como é conhecida, trabalhava com transporte escolar e precisou se reinventar. “É algo diferente, mas eu estou gostando bastante. Durante a semana, de acordo com os pedidos, chego a fabricar até 100 máscaras”.
A produção como negócio aconteceu após ser procurada por uma amiga, que decidiu integrar uma ação para arrecadar fundos para a Afecc. A empresária ficou sensibilizada com a proposta e começou a confeccionar os itens em casa. O trabalho já acontece há três meses e Maria Antônia explicou que a produção das máscaras personalizadas é um sucesso. “As máscaras são 3D, o produto mais procurado, pelo fato de ser de fácil comunicação e respiração. Hoje eu deixo em um salão que frequento, porque o pessoal gostou tanto, que as vezes realizam os pedidos. Agora, estou investindo na produção das máscaras artesanais infantis, pela alta procura”.
*Texto: Alice Mourão para o site da Revista Sou
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