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Radioatividade nas praias de Guarapari é potencial que precisa ser preservado, afirma pesquisador
Segundo pesquisador da Ufes, se preservadas, as areias monazíticas podem promover um turismo de saúde com alcance mundial
Por Gislan Vitalino
Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 08:30
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Em entrevista ao programa “Dez: ciência, pesquisa e informação”, da TV Ufes, no começo de fevereiro, o pesquisador do departamento de física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Marcos Orlando, explicou que as praias com areias monazíticas de Guarapari são, ainda, um potencial inexplorado que precisa de cuidados para sua preservação.
Segundo Orlando, que é doutor em física nuclear e coordena uma pesquisa que monitora e estuda as areias monazíticas que se concentram nas praias de Meaípe e da Areia Preta, a interferência humana no ambiente ao redor da zona com concentração da radiação precisa de mais atenção. “Ali se somam efeitos. Não é só a areia, mas todo o ambiente natural. Esse patrimônio sofre desgaste por conta da ação humana. Na hora de explorar, as pessoas não entendem que se você constrói arranha-céus em frente à praia, você joga sombra sobre a praia. E isso tem consequências”, explicou.
Ele também explicou que, como as pessoas ainda não tem conhecimento aprofundado sobre a dinâmica da radiação nas areias das praias, acabam agindo erroneamente e achando que estão sendo beneficiadas, quando não estão. “Às vezes o banhista vai para lá, vê a mancha preta, se enterra na areia achando que aquilo é a areia monazítica e não tem nada de monazítica naquele dia lá. Existe uma dinâmica, a gente está aprendendo como é esta dinâmica até para orientar as pessoas em como aproveitar melhor aquela riqueza natural”, conta Orlando.
O pesquisador afirmou também que a raridade da areia traz um grande potencial turístico ainda inexplorado para Guarapari. “É preciso tomar cuidado para evitar que esses danos aumentem e reparar, o que é fácil. A areia está ali na frente da praia, no fundo. É possível reparar, com muito cuidado, repor a areia, tornar o ambiente reprodutível do passado e aí, com isso, atrair turismo do mundo inteiro, com uma proposta de turismo de saúde, afirmou Orlando. “A preservação da natureza lá é de benefício Geral. É um benefício econômico, mas também para a saúde do ser humano”, concluiu o pesquisador.
Confira o a entrevista na íntegra
Sobre o programa
Inspirado na ideia de promover discussões por meio de vídeos curtos, o programa Dez: ciência, pesquisa e informação tem duração média de 10 minutos e traz, a cada edição, pesquisadores apresentando os resultados de seu trabalho.
O conteúdo pode ser acessado no canal no YouTube e também nas redes sociais (Facebook e Instagram). A programação da TV Ufes ainda pode ser acompanhada no Canal Universitário de Vitória, canal 13 da Claro NET TV.
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