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Torta Capixaba: quadrada ou redonda, iguaria caprichada!
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 28 de março de 2021 às 09:00
Atualizado em 29 de março de 2021 às 14:13
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A maioria dos que vem a Guarapari, já tem na cabeça a vontade de provar ou sentir de novo o prazer da moqueca capixaba, tão marcante que é o prato mais característico da culinária do Espírito Santo.
Talvez alguns esqueçam de oferecer ou comentar outra maravilha da gastronomia da Cidade Saúde que agrada a todos que dela provam: a torta capixaba, que bem mereceria ser mais e melhor divulgada.
Afirmo isso, lembrando do churrasco na promoção da cultura do Rio Grande do Sul e com ele, das churrascarias, verdadeiras embaixadas do estado dos gaúchos, no Brasil inteiro e no mundo.
A torta capixaba tradicional, assim como a moqueca, é preparada em panela de barro e basicamente leva palmito, bacalhau, camarão, sururu (marisco), siri desfiado, cebola, azeitonas e ovos.
Alguns preferem não usar sururu, camarão e siri, por restrição alimentar, o que não a altera. O que não pode faltar é o tempero verde, coentro, cebolinha, e muito azeite, dando toque especial.
Um dos seus muitos segredos é refogar e cobrir com ovos batidos, sendo opção à panela de barro, o levar ao forno e outras opções de peixes, para variar ou economizar.
Tem os que lhe colocam enfeites para aguçar ainda mais o paladar e também ao olfato. Estes podem ser rodelas de ovos, cebola e ou azeitonas, parecendo obra de arte.
Originalmente consumida na Semana Santa, por agradar ao paladar da maioria, tornou-se prato do ano inteiro, principalmente onde servem turistas ou moradores de outros estados, aqui radicados.
O curioso do prato é que sua origem ocorreu nas tribos indígenas que habitavam o litoral do Espírito Santo há mais de quatrocentos anos, sendo este um dos seus legados à nossa cultura.
Por ter sido adotada pelos pescadores, com influência dos africanos e agradado aos portugueses, recebeu destes influência e alguns adendos ou alternativas de preparo.
Assim sendo, complementos alternativos não obrigatórios, como a pinga ou vinho do Porto, bem como azeite doce e a presença das azeitonas, na estética e no sabor.
É quase obrigatório no estado, ter a torta capixaba, que de tão apreciada, está se tornando prato presente nos cardápios dos bons restaurantes e self service.
(*) Autor do Guia de Férias e Feriadões e outros 46 livros.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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