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Vulgarização da Praia do Morro é um problemão para a Cidade Saúde
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 11 de abril de 2021 às 09:00
Atualizado em 13 de abril de 2021 às 08:59
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Espaço democrático com uso garantido a todos é um direito sem contestação, mas cabem alguns deveres, tanto aos turistas, como a moradores e empreendedores do setor turístico.
Esta verdade tem que ser pensada junto com outra não tão difundida, mas igualmente importante: só da praia a cidade não vive, principalmente se o turista traz o que comer e beber.
Para a cidade evoluir, quem a visita deve estar disposto a consumir algo, que seja um passeio de escuna ou um de trenzinho, uma banana boat, um almoço ou até um sorvete que seja.
Ideal seria que o tempo de permanência fosse de uma semana ou dez dias, mas o que é tendência, são viagens de duas noites e um único pernoite, principalmente fora da temporada.
Pelo menos é o que mais se vê todas as semanas, com viagens de três dias a R$ 170,00 ou R$ 140,00 para o ônibus e acomodação. Agora esta semana apareceu um novo a R$ 100,00.
Esta banalização de preços leva normalmente a uma favelização da estadia, não sendo mais nem as muitas pousadas o destino, ficando a maioria em lugares improvisados.
Isso é pior por acontecer justo na Praia do Morro, a maior, mais bonita, famosa e badalada, onde o metro quadrado é o mais caro da cidade e talvez do estado do Espírito Santo.
Por paradoxal que pareça, é nela que se acomodam estes turistas e estes ônibus, muitas vezes em edificações irregulares, sem análise de projeto, CNPJ, licença da vigilância e bombeiros.
Sem estas é pequena a chance de outras contribuições à cidade, em forma de impostos, interesse da prefeitura na vinda destes turistas à nossa Cidade Saúde, afora o esgoto que sobrecarrega.
Soluções encontradas por outras cidades com situação semelhante, podem ser: uma taxa por ônibus ou vans para entrar na cidade, um valor por pessoa em veículos, além de controle dos tributos.
Estimular que os interessados prejudicados, donos de hotéis, pousadas, restaurantes e bares, sejam os informantes dos fura normas, para agilizar e otimizar a fiscalização.
Conscientizar a população sobre o quão maléfico ou desprezível é a pequena contribuição deste turismo marginal.
Abrir campanhas com participação popular para o fomento de mais alternativas ao turismo de eventos, cultural, esportivo ou religioso.
O que não pode é ficar como está e ver se agravar o problema!
(*) Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV.
Contato: [email protected]
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