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Quarentena no ES pode ter evitado cerca de mil mortes provocadas pela Covid-19
Por Aline Couto
Publicado em 30 de abril de 2021 às 15:06
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Um estudo realizado pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE) do Espírito Santo aponta que a quarentena implantada em 16 de março pelo Governador Renato Casagrande evitou que entre 875 e 1.133 pessoas perdessem a vida e que 41.646 fossem contaminados pelo novo Coronavírus (Covid-19) no Estado.
A Nota Técnica NIEE – nº 08/2021 teve o objetivo de analisar a evolução e a tendência da pandemia da Covid-19 no Espírito Santo, evidenciar as medidas de política pública adotadas para o enfrentamento da pandemia, bem como estimar o limite inferior do número de vidas preservadas pela estratégia implementada mais recentemente, a partir de março de 2021, frente à terceira expansão de contaminação.
De acordo com a pesquisa, no dia 26 de fevereiro de 2021 o ES contava com 695 leitos UTI Covid-19 na rede pública e a taxa de ocupação desses estava em 71,9%. No dia 16 de março a ocupação dos leitos chegou, pela primeira vez, a mais de 90%, 91,05%, e o pico da pressão no sistema de saúde ocorreu no dia 26 de março, quando essa taxa chegou a 96,1% em um total de 823 leitos SUS de UTI Covid-19.
Com a ocupação dos leitos ultrapassando os 90%, o Governo do Estado implantou uma quarentena, que vigorou entre o dia 18 de março e 04 de abril, com medidas mais restritivas tendo o objetivo de aumentar o distanciamento social e, consequentemente, desacelerar a transmissão da Covid-19, diminuir a pressão no sistema de saúde e reduzir os óbitos.
Segundo as conclusões do estudo, após a quarentena já é possível observar a redução no número de casos ativos, na média de óbitos e na taxa de transmissão, o que leva a concluir não só que houve resultado, mas que também esses resultados foram benéficos.
“Vale destacar também que o fato do não colapso do sistema de saúde indica a importância da implementação da quarentena, tendo em vista que a projeção aqui apresentada estima um número de vidas preservadas, mas não considera o colapso do sistema de saúde, pois caso isso ocorresse, esse número seria muito maior, já que muitos que teriam condições de sobreviver em leitos hospitalares, não seriam contemplados e viriam a óbito. De fato, segundo cálculos conservadores e subestimados, entre 875 e 1.133 pessoas tiveram as suas vidas poupadas, entre o final de março e metade de abril de 2021, no Espírito Santo”.
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