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Canal escuta jovens para ajudar na melhora da saúde mental
O canal é uma criação da UNICEF, em parceria com outras instituições brasileiras
Por Aline Couto
Publicado em 23 de setembro de 2021 às 09:29
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O programa “Pode Falar” é um canal anônimo de escuta, destinado a adolescentes e jovens, entre 13 e 24 anos, com o objetivo de reduzir violência, abuso infanto-juvenil, autolesões, tentativas e finalizações de suicídios.
De acordo com Dra. Alba Sampaio, que é psicóloga clínica, professora e psicodramatista, os jovens têm sofrido muito nesta pandemia da Covid-19. “Temos relatos do aumento no uso de bebidas alcóolicas, drogas ilícitas, tentativas de autolesões e de suicídios, conforme a PeNSE – Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. É muito triste este cenário. Precisamos ter um olhar mais especial para com nossas crianças e jovens”.
Uma vez no canal, é possível ver depoimentos de adolescentes e jovens que superaram situações difíceis; acessar materiais que dão dicas sobre como se conhecer, se cuidar, e cuidar das pessoas importantes para você; além do serviço de acolhimento e escuta ativa.
“É necessário uma atenção maior nos hábitos e comportamentos das nossas crianças e jovens. O que eles estão vendo e com quem estão falando ao celular? O que eles estão assistindo? Nossos filhos e alunos precisam de cuidados e atenção redobrada”, relatou Dra. Alba.
Para a psicóloga, diante da atualidade dos jovens, a criação desse canal é de grande importância, por ser uma ferramenta de acolhimento.
“É um local de atendimento emocional individualizado e não precisa se identificar. Tem informações de como se cuidar, e com quem se inspirar e conversar por chat, se for preciso. Uma ferramenta maravilhosa para expor os sentimentos, além de ter material para se conhecer melhor. Muitas vezes os nossos jovens e crianças não falam com os pais ou responsáveis e esse canal veio para ajudar a família que se encontra desnorteada com o comportamento que os filhos estão tendo. E o canal, que é de conteúdo confiável, abre essa opção de falar das dores e angústias, e também de saber quem conseguiu vencer as dificuldades. Jovens dando depoimentos bem interessantes com vivências desafiadoras. Quantos jovens perderam os entes queridos? Quantos são órfãos? É um número muito grande, e essa dor, esse desespero, tem que ser externado para que eles possam manter a saúde mental”, alertou.
Mais informações: www.podefalar.org.br.
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