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Entrevista: morador de Guarapari é eleito novo corregedor geral da Defensoria Pública do ES
Por Aline Couto
Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 15:41
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Saulo Alvim Couto é natural de Itaperuna, Rio de Janeiro, tem 42 anos, casado e pai de um filho. Morador de Guarapari há 15, desde que ingressou na Defensoria Pública do Estado, o profissional, que atua na área do direto há 17 anos, já ocupou o cargo de controlador interno, coordenador penal, chefe de gabinete, e hoje está como subdefensor público-geral do Estado. A partir do próximo ano, Saulo assume o cargo de corregedor geral da Defensoria Pública do Espírito Santo para o biênio 2022-2023. A posse está marcada para dia 11 de janeiro de 2022.
Confira a entrevista exclusiva de Saulo Alvim Couto para o folhaonline.es:
Cargo
Folha: Como é feita a escolha para o cargo de corregedor geral?
Saulo: A escolha é feita através de uma eleição interna com os membros da instituição. Só podem concorrer ao cargo os membros do mais alto nível, que é o quarto nível. Desses membros três nomes são selecionados para formar uma lista tríplice, e o defensor público geral nomeia o que ele entende ser o mais capacitado ao cargo. Dentro do nosso grupo de atuação, chegamos a um consenso que eu deveria ocupar a Corregedoria no próximo ano, o que foi aceito de bom grado por todos. A princípio eu fico dois anos a frente da instituição, mas posso ser reconduzido para mais dois anos.
Folha: Qual a função do corregedor?
Saulo: A Corregedoria é um órgão de correção e orientação dos membros e servidores para o desempenho de um melhor trabalho para ser entregue a população. Meu papel vai ser orientar e tentar resolver as reclamações. Sem esquecer que o órgão também é de punição, caso exista uma falta funcional preciso abrir um procedimento para a punição, seja do membro, do servidor ou do estagiário. Meu projeto terá foco no equilíbrio institucional e na melhoria contínua do atendimento ao cidadão.
Folha: Como gostaria de ser lembrado por sua passagem pelo cargo?
Saulo: Como o corregedor que conseguiu entregar um serviço melhor a população. Não como um corregedor punitivo, que perseguiu, mas como aquele que ofereceu a melhor orientação aos servidores e estagiários. Pretendo caminhar junta a população, é a função da Corregedoria.
Futuro
Folha: Você tem alguma pretensão futura após passar pela Corregedoria?
Saulo: Nesse momento eu não penso em outro cargo, que seria o último da instituição, de defensor geral. Nas próximas eleições também terão eleições para o cargo, mas não tenho interesse imediato. Hoje penso na Corregedoria, ficar esse dois anos, e mais dois anos se for eleito, e encerrar minha atividade na administração.
Profissão
Folha: Como chegou ao direito?
Saulo: Sempre observava meu tio Fernando que era advogado, que infelizmente faleceu ano passado de Covid-19, contando os casos e trabalhando muito. Interessei-me pela profissão, segui por causa dele.
Folha: A profissão te surpreendeu ou foi como o esperado?
Saulo: O direito que aprendemos na faculdade não é o mesmo que se aplica no dia a dia, você não é preparado é tudo muito diferente. Mas posso dizer que dentro do tudo que passei e aprendi, eu ainda acredito no direito.
Folha: Defensoria foi sua primeira opção?
Saulo: No primeiro momento pensava em ser delegado federal, foram os primeiros concursos que prestei, depois prestei para o Ministério Público, Defensoria e Magistratura. Mas a defensoria eu já tinha experiência, durante a faculdade fiz estágio a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
Folha: Como pai, indicaria para seu filho seguir a área do direito?
Saulo: Hoje eu indicaria entrar na iniciativa privada, porque os tempos que estamos vivemos no serviço público não estão tão louváveis e promissores como já foram. Por questões políticas, a tendência atualmente é o serviço público seja cada vez mais sucateado. No entanto, caso meu filho se interesse, com certeza faria o possível para ele ser defensor público, não teria outra carreira a indicar.
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