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Artigo: será possível viver 100 anos? Em Guarapari, com certeza!
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 12 de dezembro de 2021 às 09:00
Atualizado em 13 de dezembro de 2021 às 13:39
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Uma das colunas que mais gostei de escrever, foi a da Thereza De Biase Wright quando ela tinha 100 anos e a entrevistei em sua casa na bucólica e emblemática Aldeia da Praia.
Outra mais recente, que igualmente me alegrou, foi a do Dino Simões Pádua, do famoso posto de gasolina que tem o tigre e o seu nome, como marcas da cidade, ao completar 95 anos.
Lembro também da entrevista que fiz com Manoel Guimarães, criador do bairro Itapebussu, do Guará Camping, da Guará Pousada e mais recente do Guará Centro de Eventos.
Agora tive o privilégio de conhecer Francisca Ana de Moraes, que nasceu em 1.921 e há onze anos mora em Guarapari, onde o que mais gosta de fazer é caminhar pelo calçadão.
Se a D. Therezinha era mãe do meu amigo Antônio, D. Chiquinha é filha de outro Antônio, que viveu até os 105, ao contrário do santo casamenteiro, que faleceu aos 35.
Nasceu em Bananeira, município de Silva Jardim na baixada fluminense, onde trabalhava na colheita do café, mas depois de mudar para Niterói, prefere viver junto ao mar.
Assim como eu (aos 37), ela casou com 38 anos e o noivo com 27 (mesma idade da minha noiva). Aos 30 ela saiu da roça e foi conhecer seu príncipe Raimundo em Niterói.
Ela escapou da gripe espanhola e agora de chinesa. Embora a pouca estatura e aparência frágil, D. Chiquinha é forte, não teve doenças nem toma remédios contínuos.
Trabalhou muito para educar sua única filha, Mirian e hoje vive com ela e suas netas Rayla, Rayane e Rodrigo, que leva no coração, junto da bisneta Emanuelly.
Não bebeu, nunca fumou e sempre foi de comer pouco, sendo muito falante e alegre, gostando de viver, sem se abater ou reclamar de nada, talvez seus segredos.
Totalmente lúcida, entende tudo, até quando lhe contei a pergunta feita a outro centenário, sobre qual o segredo para viver tanto: só não morrer. Deu risada!
Nunca pintou o cabelo, gostava de fazer coque e tranças. Seu passatempo era crochê e costurar. Não usava batom, nem maquiagem. Pele conservada.
Bengala e andador nunca usou, talvez por sempre ter gostado de caminhar. Não gosta de TV e gostava de fazer farinha de mandioca, a predileta.
Gosta de contar fatos da sua vida, com uma riqueza de detalhes que impressiona pela boa memória, inclusive que gostava de cantar, até na igreja.
Como presente de aniversário, ganhou o totem da Extreme, tamanho natural que ilustra a coluna e já foi matéria para o Panorama da TV Guarapari.
A partir de agora, já famoso, o totem da festa dos 100 anos, ficará para sempre no Museu de Utilidades Domésticas, como uma imortal.
Na festa de aniversário, no Restaurante Pascoal, entrou com fundo da Garota de Ipanema e feliz dançou a Valsa de Guarapari.
D. Chiquinha, pequena grande mulher que venceu o tempo. Parabéns!
*Antônio Ribeiro é autor de Guia de Férias, Feriados e Feriadões, bem como de 46 outros livros já publicados.
Contato: [email protected].
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