Anúncio
Artigo: alta de preços na temporada será mais prejudicial a moradores de Guarapari!
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 30 de janeiro de 2022 às 09:00
Atualizado em 31 de janeiro de 2022 às 15:07
Anúncio
Almoço todos os dias em restaurantes e por conta disso estou sentindo no bolso a disparada dos preços, que me faz refletir sobre o problema, na busca de soluções e alternativas para esta situação que afeta cada vez maior número em Guarapari e de brasileiros em geral.
Onde pagava R$ 20,00 no ano passado, hoje estou pagando R$ 40,00 e onde era R$ 30,00 agora está por R$ 60,00. Sei que é um problema de custos, pois até a banana e o mamão que compro toda semana para os pássaros, onde antes gastava R$ 10,00 passei a pagar R$ 20,00.
Estes exemplos são só de valores redondos, para entenderem mais facilmente o que está acontecendo. Que aconteceu? A gasolina não dobrou de preço no período. Nem a água, nem a energia. Os salários dos funcionários, muito menos. Qual será a explicação para isso?
Pensando em elaborar esta coluna, saí perguntando aos donos de restaurantes o porque e o que mais escutei foi que tudo aumentou. OK, mas será que tudo dobrou? Óbvio que não! Então alguns estão se aproveitando desta situação para ganhar mais e trabalhar menos.
Qual será a consequência aos que foram com fome demais ao pote, nos deixando com sede? Irão perder clientes! Na verdade, já estão perdendo. E o pior: são justo os que lhe sustentam durante o ano, por morarem em Guarapari e aqui consomem o ano inteiro.
Isso sem contar que com a pandemia, o que mais cresceu foram os pedidos on-line, gerando um incontável número de moto boys nas ruas. E o que mais entregam? Marmitex. O mais barato dos pratos. Verdadeiro campeão de vendas. Justo por ser o mais barato!
Como esta coluna é para encontrar soluções e não problemas, porque destes já temos muitos, tentarei com minha experiência e conhecimento de marketing e gestão, dar algumas sugestões, dicas práticas de quem vive o problema no dia a dia dos restaurantes.
Principalmente na alta temporada, sair do Centro e da Praia do Morro. O pouco de gasolina que gastarem a mais, será compensado por não terem que pagar o rotativo, além de conseguir estacionar mais fácil do que nestas regiões com maior procura na temporada.
Ontem almocei por R$ 23,00 no Itapebussu, o tanto que costumo consumir e até a banana que pagava R$ 5,00 a penca, me saiu quatro por R$ 10,00 só para perceber que dá para se conseguir pela metade do preço, saindo da região onde os turistas são o alvo.
Para completar, procure lugares novos que tenham aberto recentemente, onde ainda não está indo muita gente, pois é onde está se cuidando mais da qualidade e controlando o preço numa margem de lucro menor, justo para conquistar a clientela ao começar.
Aos donos de restaurantes, deixarei outras dicas para enfrentar esta situação: um cartão fidelidade. Volte cinco ou dez vezes e ganhe uma grátis. Outra: mesas com três ou quatro pessoas, dar desconto de 15% pois uma ou duas travam a mesa e diminuem o giro.
Outra para fugir do vilão dos custos: dar 20% de desconto para quem não comer carne, já que esta é apontada como um dos problemas e assim pode virar solução, além de diminuir futuros problemas de hipertensão e insuficiência renal.
E o mais importante: prudência na hora de aumentar preços, sabendo que neste está o risco de perder bons clientes, que foram arduamente conquistados ao longo dos anos e que a temporada se vai e muitos clientes perdidos não voltam mais!
É preciso se habituar a domar o dragão da inflação!
*Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, Especialista em Marketing e Gestão pela PUC e MBA pela FGV.
Contato: [email protected].
Mais de Antônio Ribeiro
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es