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“Cassino seria positivo, mas Guarapari precisa se aprimorar”, avalia conselheiro de Turismo do ES
Cidade está entre as que podem receber empreendimento mas, para o presidente do Conselho Estadual de Turismo do Espírito Santo (Contures), ainda precisa se aprimorar para atrair investimentos
Por Gislan Vitalino
Publicado em 3 de março de 2022 às 09:00
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No fim do mês de fevereiro, a Câmara dos Deputados do Brasil aprovou o texto-base do Projeto de Lei 442/91 que legaliza os jogos considerados “jogos de azar” e as empresas que os comportam, como cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos on-line. Dentro das regulamentações propostas, o Espírito Santo tem a possibilidade de receber dois cassinos e dezenas de bingos, que passaram a ser uma nova possibilidade de empreendimento nos polos turísticos do Estado, como Guarapari.
Para o presidente do Conselho Estadual de Turismo do Espírito Santo (ConturES), Fernando Otávio Campos, a medida tem um potencial muito grande e positivo para movimentar a economia e trazer emprego e renda para o município e região em que se instalar, entretanto, a cidade ainda precisa aprimorar sua capacidade de atrair investimentos.
“A instalação demanda um investimento na construção de um resort de alto luxo com 500 quartos, um investimento de mais de R$ 300 milhões apenas para a construção, que já geraria mais de 1.000 empregos. Na operação o empreendimento teria mais de 1.000 empregos diretos e 5.000 indiretos. Somente a operação do hotel traria uma receita para o município de mais de R$ 5.000.000,00 em ISS por ano”, avaliou Fernando Otávio.
Entre as medidas previstas no texto aprovado, os cassinos só poderão ser instalados em resorts, navios e em cidades classificadas como polos ou destinos turísticos. O que poderia aprimorar e ampliar o turismo, assim como a gastronomia local, e a construção civil, que podem passar por um processo natural de qualificação, aprimoramento e expansão.
Gestão do Turismo na cidade precisa se aprimorar
Entretanto, para o presidente do Contures, para atrair investimentos do tipo, Guarapari precisa ainda evoluir e qualificar a gestão do turismo e do ordenamento local. “Notícias de fechamento de empreendimentos de eventos, problemas provocados por excesso de ocupação, que também geram um turismo de baixo valor afastam este cenário”, afirmou.
“A prefeitura precisa ouvir e acatar as propostas do COMTUR como o projeto de controle de entrada de ônibus, aderir a programas como Cidade Empreendedora do SEBRAE-ES, adotar uma agenda de eventos antecipada e investimentos direcionados ao turismo em Guarapari”, concluiu Fernando Otávio Campos.
Demais restrições
Segundo o texto aprovado da lei, será permitida a instalação de um cassino em localidades consideradas como polo turístico, independentemente da densidade populacional do estado em que se localizem. Um cassino turístico não poderá estar localizado a menos de 100 quilômetros de distância de qualquer cassino integrado a complexo de lazer.
O funcionamento de cassinos também será autorizado em embarcações fluviais, que não poderão ficar ancoradas em uma mesma localidade por mais de 30 dias. Esses navios deverão ter, no mínimo, 50 quartos de alto padrão, restaurantes, bares e centros de compra, além de locais para eventos e reuniões.
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