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Número de óbitos por Covid-19 voltou a subir em Guarapari em janeiro e fevereiro
Número de óbitos acontece devido ao recorde de casos confirmados, mas taxa de mortalidade (óbitos x contaminados) tem diminuído
Por Gislan Vitalino
Publicado em 5 de março de 2022 às 15:50
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Os dois primeiros meses do ano de 2022 trouxeram um aumento do número de óbitos de vítimas da Covid-19 em Guarapari. Segundo os números do Painel Covid-19, o número de óbitos, que não passava de 14 desde junho de 2021, voltou a registrar 15 óbitos no mês de janeiro e 22 óbitos no mês de fevereiro.
Ainda segundo os dados do Painel Covid-19, atualizado pela Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo, o mês de janeiro de 2022 registrou o recorde de casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Apenas em janeiro deste ano Guarapari teve 6.768 novos casos confirmados da doença. O mês que registrou o segundo maior número de casos foi março de 2021, quando a cidade teve 2.040 casos confirmados da doença.
Apesar do alto número de mortos, a comparação entre os dados mostra que a taxa de mortalidade por conta doença vem diminuindo drasticamente. Mesmo com o número recorde de casos confirmados em janeiro de 2022, o mês seguinte registrou 22 óbitos de vítimas da doença, o que mostra um aumento em relação ao mês anterior, mas uma notável diminuição da quantidade de mortos entre os pacientes infectados. No mês de abril de 2021, por exemplo, Guarapari registrou 76 óbitos pela doença, dentro de um número significativamente menor de casos confirmados no mês anterior, de 2.040.
Nésio Fernandes: mortalidade pode ser 56 vezes maior entre não vacinados
Em um levantamento apresentado pelo Secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, a análise do perfil dos óbitos registrados no Espírito Santo na primeira semana do mês de janeiro mostrou que 65% das vítimas de óbito possuíam esquema vacinal atrasado ou incompleto e 16% não receberam nenhuma dose da vacina.
“A taxa representa uma magnitude 56 vezes maior de chance de óbito entre pessoas não vacinadas do que entre pessoas com o esquema vacinal completo. Um número 30 vezes maior do que pessoas que tenham recebidos ao menos uma dose. É inegável o efeito na redução do risco de óbito e hospitalização nas pessoas com esquema vacinal completo”, afirmou Nésio em coletiva de imprensa realizada no mês de fevereiro.
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