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Canoísta que faz expedição pela costa brasileira chega a Guarapari
“O ES é o litoral mais lindo até agora”, descreveu Adelson Rodrigues
Por Aline Couto
Publicado em 4 de abril de 2022 às 14:01
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Navegando pela costa brasileira há mais de dois anos, o canoísta Adelson Rodrigues, 60 anos, chegou na manhã desse domingo (03) em Guarapari. Ele é o primeiro brasileiro a atravessar o litoral do Brasil de canoa.
“Fui muito bem recebido na cidade, cheguei pela Praia das Castanheiras e fui acompanhado por uma equipe de canoagem local. Na terça-feira estou indo para Meaípe. Fico pelo menos mais uns quatro dias no Espírito Santo, que até o momento é o Estado com o litoral mais bonito por onde passei”, relatou Adelson.
O canoísta começou a expedição de 8 mil km pelo litoral do País em fevereiro de 2020, saindo do Oiapoque, no extremo norte do País. Ele já passou por 12 estados, incluindo o Espírito Santo, dos 17 que estão no litoral, e tem a pretensão de finalizar a aventura pelo mar, no Chuí, extremo sul do Brasil, até dezembro deste ano.
“É só uma previsão, tudo dependo. Tem o tempo, a situação do mar, entre outras coisas. Ainda vou passar pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e até chegar no Rio Grande do Sul. Mas chegando ao sul até o final do ano, já fico muito feliz”.
Expedição
Adelson contou que a ideia da aventura começou a ser amadurecida há cerca de 10 anos. Por volta do ano de 2016, ele iniciou uma pesquisa sobre a costa brasileira para colocar em prática o plano.
“O que eu quero é mostrar as belezas naturais do nosso País. São belíssimas, magníficas, e cada litoral tem sua peculiaridade. Mas a pesquisa que fiz, só aproveitei 20%. Nossa Brasil é um lugar sem memória e pesquisa. Muita coisa diferente encontrei pelo caminho”.
Tudo que Adelson precisa para a travessia está na canoa. São cerca de 40 kg, incluindo roupas, equipamentos, água, alimentos, barraca de camping. Sem patrocínio, ele tentou com 400 empresas Brasil afora e não houve nenhum retorno, o canoísta conta com o apoio da Marinha do Brasil e da população local por onde passa.
“Remo há 20 anos e sou formado em educação física, além de escalador e corredor, tenho todo preparo físico para essa expedição. Mas ninguém quis investir na ideia. Sigo por conta própria e recebendo apoio de quem me estende a mão. Mas nem sempre é fácil. Na Bahia, por exemplo, um hotel me negou abrigo e fui convidado a me retirar de uma ilha. Ainda bem que a Marinha interveio por mim”.
Registros
Assim que finalizar a expedição, o canoísta pretende criar um documentário com tudo que passou nesses anos pelo mar. Ele já escreveu dois livros e está na 500ª página do terceiro.
“O Brasil é um País que precisa ser divulgado. Quero mostrar com palavras e imagens a cultura e o estilo de vida por onde passei. Além das descobertas que fiz pelo caminho”.
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