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Sem ônibus: rodoviários de Guarapari alegam nova falta de pagamento e entram em greve
Por Aline Couto
Publicado em 13 de junho de 2022 às 09:07
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Mais uma vez os funcionários rodoviários de Guarapari precisaram entrar em greve no município para reivindicarem os direitos. Quem relatou o fato, que se iniciou nesta manhã (13), foi um representante da categoria através do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Guarapari – Sintrovig, Emerson Ferreira.
De acordo com Emerson, os funcionários da Expresso Lorenzutti, empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, não receberam o salário de maio e decidiram por parar os serviços até que a situação se resolva.
“Estamos passando por essa situação de atrasos em pagamentos e tickets há tempos, agora o mês de maio não foi pago a nenhum funcionário. Entraremos em reunião agora, às 9h, para decidir como iremos conduzir mais esse problema”.
Lorenzutti
A empresa foi procurada para esclarecimentos, assim que houver retorno a matéria será atualizada.
Atualização:
“A Expresso Lorenzutti reitera que essa greve desde início, tem afetado a receita da empresa, e trazendo prejuízos incalculáveis, para população, trabalhadores e empresa.
A Empresa ressalta que vem mantendo em dia todos os pagamentos de férias e os acordos de pagamentos dos salários de março que correspondem mensalmente, um custo aproximado de 70 mil reais.
Na quinta-feira passada (09), a Empresa concluiu o pagamento do vale alimentação, com desembolso de mais de 200 mil reais.
E desde então vem juntando para concluir o pagamento da folha, sendo que na data de ontem foi realizado o pagamento de 30%, totalizando assim mais de 55% do pagamento vencido 10/05/22, que corresponde a aproximadamente 170 mil reais já pagos.
A Empresa ainda destaca que a receita auferida não cobre os custos do sistema atual, fato este já notificado ao órgão gestor.
Assim, considerando que o Sindicato convocou assembleia com funcionários na data de hoje (13), a Empresa está aguardando um retorno para buscar uma solução, visto que a única fonte de renda é através da arrecadação diária”.
Entenda
Um estado de greve dos rodoviários, iniciado em março deste ano, colocou 30% dos coletivos rodando no município. Na época, o Sintrovig chegou a cogitar a possibilidade dos trabalhadores pararem 100% da frota, por conta dos salários atrasos. No entanto, ainda no mesmo mês, a justiça determinou que o movimento de greve dos trabalhadores rodoviários mantivesse 80% dos ônibus funcionando no município em horários de pico e 70% nos demais horários.
Problemas
Os problemas com a única empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade já acontecem há tempos. Entre os apontamentos da população estão: alto valor da passagem; poucos veículos rodando; demora na espera nos pontos de ônibus; bairros sem opções de coletivos; atraso nos pagamentos dos funcionários e greves.
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