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Artigo: Por que tantos prédios públicos estão abandonados ou sem uso em Guarapari?
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 19 de junho de 2022 às 09:00
Atualizado em 21 de junho de 2022 às 09:09
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Depois de décadas de abandono o Radium Hotel, cartão postal na Praia da Areia Preta e símbolo da Cidade Saúde de Guarapari, ganhou pintura nova e dizem que tem projeto de utilização para cursos ligados a turismo e hotelaria. Tomara!
Outro patrimônio do Estado, que estava cedido em comodato para a Prefeitura, como o famoso hotel, é o prédio da antiga delegacia, que há mais de dez anos está abandonado e que agora foi devolvido para seu antigo dono.
Triste nestes casos é que em quase todos eles, não há manutenção e a ação do tempo se faz presente, a começar pelos telhados cuja madeira apodrece, caem as telhas e se iniciam infiltrações e goteiras que irão corroê-lo.
Está também o risco de invasão, já que agora a cidade virou destino de fugidos da cracolândia e moradores em situação de rua, por isso a maioria deles está fechado nas portas e janelas, com blocos para não entrarem.
O exemplo mais visível disso é o shopping na nobre Avenida Paris, totalmente tampado pelo risco de invasão, sendo um ponto de referência para os dependentes químicos que agonizam nas suas imediações.
Também teve pouco uso e igual se encontra em situação de abandono, o Centro de Convenções de Guarapari, não muito lembrado por estar escondido atrás do fórum. Dizem que tem mais de mil lugares.
Uma pena também a antiga rodoviária, em boa área com a vantagem de ter amplo espaço para estacionamento, numa região que cresce a cada dia e que mostra visíveis sinais de abandono pela falta de conservação.
Talvez o mais lembrado nesta situação seja a Casa da Cultura, num ponto nobre, que já foi sede da Prefeitura, Câmara de Vereadores e até presídio, que nos últimos cinco anos não tem utilização e manutenção.
Pesquisando outros abandonados fiquei sabendo de dois que nem conheço e não posso falar: o Parque de Exposições em Buenos Aires e uma projetada sede da Prefeitura na Av. Jones dos Santos Neves.
Tomara que não terminem todos como as ruinas da antiga Matriz que também por abandono, são pouco lembradas pela população e talvez por isso, não visitadas por turistas que nos visitam e não sabem.
É bonito ver praças reformadas, mas saber que a Prefeitura paga aluguel em muitos dos prédios que ocupa, deixa no ar a pergunta que não quer calar: por que não usar estes que são próprios?
Fui tirar a foto do Shopping Paris e vi que a praça em frente recebeu tapumes para reforma, assim que cabe a pergunta, que seria melhor: reformar a praça ou o prometido shopping do artesanato?
(*) Administrador de empresas pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e Master Business Administration pela FGV. Autor de 47 livros já publicados.
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