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Coluna Dom Antônio: Problemas e soluções para as folhas das castanheiras em Guarapari
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 21 de agosto de 2022 às 09:00
Atualizado em 23 de agosto de 2022 às 11:46
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No outono as folhas caem e avisam que o inverno está chegando. Para as garis, que as tem que recolher todos os dias, é um sinal que o inferno chegou. Quando tem vento forte a situação piora, pois é varrer a as folhas voltam.
Alguns moradores comentam ser este o verdadeiro motivo para a prefeitura cortar estas e outras árvores. O tempo que demora para varrer e o trabalho em coletar montanhas de folhas nas caçambas pequenas dos tratores.
No passado eram muitas mais. Uma foto da Praia do Morro, quando não haviam ainda tantos edifícios, mostra que toda a praia tinha castanheiras e era admirada pela rica sombra que oferecem nos dias de calor.
Comentado por uma leitora, fiquei pensando no que sugerir ser feito para tentar solucionar ou ao menos, minorar a situação. Algumas ideias de aproveitamento para as folhas surgiram e as coloco para debate e opiniões.
Na reflexão procurei sugerir em quatro áreas para encontrar a mais indicada: industrial, agricultura, comercial e residencial. Tudo dependeria da quantidade gerada e dos custos para um reaproveitamento destas folhas.
A primeira seria usá-las para alimentar caldeiras e fornos, principalmente no segmento das cerâmicas, tão importante no sul do estado, que precisam de muito fogo para desenvolver sua produtividade a baixo custo.
Poderiam também servir de adubo vegetal ou se moer e misturar folhas com terra, num tempo em que os produtos orgânicos começam a ter a preferência dos que se preocupam e acreditam numa melhor alimentação.
Outra seria estudar a possibilidade de serem usadas em uma mini celulose para produção de papel de embrulho, onde a qualidade e a claridade do papel não seja tão fundamental. Idem para caixas de papelão.
Numa aplicação mais doméstica em escala menor, caso o montante coletado não seja tão grande, seria usá-las para iniciar o fogo nas churrasqueiras. Fácil de pegar, sem o risco do uso do álcool.
Neste último caso os próprios interessados poderiam pegar um ou mais sacos pretos com as folhas e guardar. Isso diminuiria o volume a ser coletado e o serviço de coleta como um todo.
O importante é pensar em como aproveitar estas folhas e diminuir o risco de ficarmos com cada vez menos árvores, cada um dos conscientes procurando maneira de diminuir o problema.
A reflexão me fez lembrar da enorme quantidade de cocos muito consumidos no verão e que com uma usina passaram a ser aproveitados e diminuindo assim o custo da coleta.
Lembrei que minha avó as pintava de dourado e com elas montava lindos arranjos florais.
(*) Administrador de empresas pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e Master Business Administration pela FGV. Autor de 47 livros já publicados.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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