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Setembro Amarelo: instituição e profissionais falam sobre a prevenção ao suicídio
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 22 de setembro de 2022 às 13:28
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Setembro é anualmente marcado, desde 2015, pela campanha Setembro Amarelo, com o objetivo de sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio. Segundo dados do Centro de Valorização da Vida (CVV), nove em cada 10 mortes por suicídio podem ser evitadas com conversa, por isso, o slogan da associação é “falar é a melhor opção”.
De acordo com o CVV, todo ano são realizados, em todo o Brasil, mais de três milhões de atendimentos por aproximadamente quatro mil voluntários, sendo 94,5% dos atendimentos por telefone. “Tivemos um aumento de 5% entre 2020 e 2021, somados todos os nossos canais de atendimento”, informaram.
Alba Sampaio, psicóloga, contou que é comum atender pessoas com ideias suicidas. “Momentos de grande angústia fazem com que essas pessoas acreditem que se matar é a melhor solução, todavia depois que conversam e falam das dores percebem que podem ter outra saída”.
A psicóloga afirmou que o melhor caminho para prevenir o suicídio é conversar e olhar com mais empatia as pessoas ao nosso redor. Segundo ela, esses são os principais sinais que uma pessoa com pensamentos suicidas dá: fazer ameaças de suicídio, se isolar, demonstrar tristeza excessiva, mudar hábitos de sono e alimentação, perder interesse em atividades prazerosas e abusar do álcool ou drogas.
Confira também o que se deve e o que não se deve dizer para alguém com depressão, de acordo com Alba.
O que devemos dizer:
“Você não está sozinho”;
“Estou aqui para te ajudar”;
“Se precisar conversar, conte comigo”;
“Conversar ajuda bastante, por isso estou aqui”.
O que não devemos dizer:
“Saia desta cama”;
“Para com isso, deixa de frescura”;
“Reaja”;
“Isso é falta de Deus no coração”.
Junior Vidal, que é psicanalista, ressaltou a importância de políticas públicas voltadas para a saúde mental da população. “Garantir esses serviços é prevenir, orientar, acolher e humanizar nossas dores, nossas questões subjetivas e nossas faltas”. Junior lembrou sobre como a pandemia elevou a depressão na população e afirmou que é agravante o número de crianças e adolescentes com sintomas da doença. “No Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de morte”.
Segundo ele, falar sobre depressão e suicídio é importante. “Campanhas como a do Setembro Amarelo trazem efetivamente o destaque necessário que enaltece a valorização da vida buscando prevenir o suicídio”, disse.
O Centro de Valorização da Vida existe desde 1962 e funciona diariamente, 24h por dia, para ajudar e auxiliar qualquer pessoa que precise. Os atendimentos são feitos de forma gratuita através do número 188, por chat ou e-mail.
*Texto: Lucas Belém Rosa
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