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Câmara pede suspensão imediata do rotativo em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 27 de outubro de 2022 às 16:24
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Na tarde de ontem (26) foi realizada pela Comissão Parlamentar Especial de Fiscalização, composta pelos vereadores Professor Luciano, Denizart Zazá e Oldair Rossi, na Câmara Municipal, uma reunião pública para discutir irregularidades no estacionamento rotativo de Guarapari, coordenado pela empresa Rizzo Park. O encontro teve a presença de representantes da empresa e da Prefeitura.
Segundo Oldair, frequentemente surgem reclamações referentes ao serviço prestado pela Rizzo Park em Guarapari, como a cobrança indevida de uma tarifa no valor de R$ 15,00, que deve ser realizada após 15 minutos estacionado na vaga sem pagar. Entretanto, a reclamação da população é de que essa tarifa é cobrada antes dos 15 minutos garantidos.
Thiago Balbino, diretor de projetos da Rizzo Park, defendeu a empresa enfatizando que ela não tem interesse na tarifa, realizando apenas a pedido da Prefeitura de Guarapari em uma ordem emitida após a realização do contrato. Ainda de acordo com o diretor, um mapa informa as vagas monitoradas e o momento que uma vaga está ocupada, afirmando que a empresa pode ver em tempo real os minutos de ocupação dessa vaga e realizar a cobrança da tarifa após os exatos 15 minutos.
Na fala, o presidente da Câmara reforçou o descontentamento dos munícipes. “O rotativo explora um absurdo de vagas, assustando a população”, disse Wendel Lima. O presidente da Associação de Comerciantes da Cidade, Márcio José, também esteve presente na reunião e disse ser contra a tarifa, que é cobrada apenas em áreas comerciais. “Sou a favor do rotativo, mas que seja legalizado. Não concordamos com a tarifa e esperamos que achem uma solução”.
Ao final da reunião, os vereadores solicitaram a Secretaria de Trânsito e a Prefeitura de Guarapari a suspensão imediata do serviço de estacionamento rotativo até que as irregularidades sejam resolvidas.
“São muitas infrações detectadas, como os parquímetros que teriam que ser 25 e só tem 15; poucos agentes na rua; o valor de R$ 15,00 cobrado antes do tempo de aviso; os postos de vendas ativos que eram 110 e agora são somente 11; dívida da empresa de imposto de mais de 40 mil; e o repasse de 33% que a empresa deve fazer para a Prefeitura reverter em melhorias para o trânsito não está sendo feito há muito tempo”, descreveu Professor Luciano.
O parlamentar disse que um relatório com as irregularidades detalhadas e o pedido de suspensão deverá ficar pronto na próxima semana para que a justiça analise o pedido.
Apuração: Aline Couto e Lucas Belém Rosa
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