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Jovens de Guarapari conquistam espaço no Conselho Estadual de Juventudes
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 18:17
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Jovens do Coletivo Diversidade, Resistência e Cultura (DRC), de Guarapari, conquistaram vagas de titular e suplente no Conselho Estadual de Juventudes (Cejuve). A escolha ocorreu no último sábado (17) em Assembleia Geral realizada no auditório da Casa de Direitos do Espírito Santo – Advogado Ewerton Montenegro Guimarães, em Vitória.
Vinculado à Secretaria Estadual de Direitos Humanos, o Cejuve é um órgão criado com o objetivo de propor e formular diretrizes voltadas para a população jovem do Espírito Santo.
Além da representação no Cejuve, os coordenadores do coletivo, Leonardo Brandão e Agatha Barbosa, também ocuparão duas cadeiras no Conselho Estadual LGBTQ+.
“Seremos responsáveis por estar representando toda a juventude LGBTQ+ do Espírito Santo. Algumas das nossas funções são acompanhar e fiscalizar a execução das políticas da juventude LGBTQ+, elaborar e acompanhar projetos para descentralização de suas ações e cooperar na elaboração, planejamento e execução de políticas inerentes à juventude LGBTQ+”, descreveu Leonardo Brandão.
Segundo o presidente do Cejuve, Ramon Santos, o processo para escolha dos conselheiros inclui inscrições de representantes de diversos segmentos. “Há um credenciamento das instituições que têm interesse em participar do conselho. São organizações que atuam com juventudes em diferentes âmbitos, para contemplar a diversidade das juventudes”.
Ao todo, são 14 cadeiras, divididas em 20 vagas, que incluem coletivos da cultura, esporte, religião, mulheres, LGBT, negros e comunidades tradicionais. O presidente do órgão ainda destaca que com a eleição deste ano, novas entidades passaram a compor o espaço. “É importante destacar que teremos a representação de juventudes de várias partes do Espírito Santo, desde Vargem Alta até Cachoeiro de Itapemirim, isso é muito gratificante para nós”.
Marco importante
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, 20 coletivos da sociedade civil estiveram presentes na Assembleia, um número histórico. Outro marco para o conselho foi a escolha de Agatha Barbosa para uma das vagas. É a primeira vez que uma mulher trans está à frente de uma das cadeiras.
“Com a Aghata no conselho, creio que as pessoas trans do Estado estarão muito bem representades e, em especial, a população trans de Guarapari, onde sofrem diariamente situações de transfobia e que as autoridades locais fazem de conta que não veem. Com o conselho teremos mais forças para cobrar os direitos da população trans ao poder público municipal”, destacou Brandão.
Para Ramon Santos, a entrada de uma mulher trans no Conselho demarca a diversidade dentro do Cejuve. “Assim nós garantimos aquilo que sempre enfatizamos, que é a importância dessas juventudes que estiveram distantes ocupando um espaço tão importante de decisão que é o Conselho”.
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