Anúncio
Dedicado a diferentes causas, projeto retorna com mutirões de reciclagem em Guarapari
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 09:31
Anúncio
O projeto Guaratampinhas voltou a realizar mutirões para separação de materiais recicláveis. Com objetivo de arrecadar dinheiro para destinar à castração de animais de rua, o projeto iniciou os mutirões em 2020, mas precisou de uma pausa durante a pandemia. Além de ajudar o Guaratampinhas, o mutirão também separou materiais que serão revertidos em renda para a ONG Jardim das Borboletas e Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Guarapari (Asscamarg).
“Desde o início do projeto a ideia de mutirão já era frequente. O nosso primeiro foi na Praia do Morro para coletar tampinhas e demais materiais recicláveis, além de conscientizar as pessoas”, explicou Alanna Bodart, coordenadora do Guaratampinhas.
Segundo ela, inicialmente, os materiais eram armazenados em um espaço na casa dela, mas com o tempo, a quantidade foi aumentando, e surgiu a parceria com dona Sônia Garcia, que recebeu em sua casa, no último dia 4 de fevereiro, voluntários para participarem do mutirão.
“Dona Sônia já tinha uma vida dedicada ao trabalho voluntário e a coleta seletiva. Foi aí que ao invés de só juntarmos tampinhas, começamos a juntar diversos materiais recicláveis. E eles passaram a ser guardados na casa da Dona Sônia”, acrescentou Alanna.
Para dona Sônia, o comprometimento dos mais jovens com a causa é gratificante. “Fico feliz com a ajuda de todos, mas principalmente dos jovens, pois eu, com meus 80 anos, já estou cansada, e com a participação dos jovens vejo que o mundo tem solução e podemos fazer diferente e melhor. E é tão fácil ajudar, colaborar, são poucas horas e a sensação de bem-estar que sentimos é o melhor pagamento”, comemorou.
Alanna ainda conta que o retorno dos mutirões foi necessário, pois, após a pandemia, o volume de materiais aumentou consideravelmente, sobrecarregando o trabalho de dona Sônia, uma das principais voluntárias do projeto.
“As tampinhas eram separadas por cores por diversos voluntários. Como por exemplo: Dona Sônia, minha mãe Jussara, avó Edeilda, a voluntária e colaboradora do projeto Midiã e eu. Os demais materiais recicláveis eram todos separados pela dona Sônia. Durante a pandemia não recebemos tanto material assim, porém agora o volume foi bem maior, e dona Sônia estava com excesso de trabalho. Com isso, foi necessário voltar com a ideia inicial de um mutirão para dar conta das separações.”
Neste ano já foram realizados dois mutirões, o primeiro contou com a participação de cinco voluntários, e o segundo, nove. A expectativa é que o projeto receba cada vez mais pessoas dispostas a ajudar. Segundo Alanna, a previsão é realizar, durante o ano, ao menos um mutirão por mês, sempre no primeiro sábado.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.