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Coluna Palavra de Fé: Reis também sentem medo
Por Raphael Abdalla
Publicado em 19 de março de 2023 às 11:00
Atualizado em 19 de março de 2023 às 11:00
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“Então Josafá teve medo e decidiu buscar o Senhor; e proclamou um jejum em todo Judá.” 2 Crônicas 20:3.
O Reino de Israel estava dividido, Josafá reinava ao sul, em Judá. Tempos sombrios repletos de insegurança, inconstância e pavor. Moabitas e amonitas reuniram-se para entrar em guerra contra o Reino do sul. Não era um pequeno exército, mas um opressor sem medidas; o pavor estava mais próximo do que imaginável. O medo fez parte da trajetória do quarto rei de Judá.
Medo é um sentimento de extremos. Ao mesmo tempo em que temos medo da morte, temos medo da vida; temos tanto medo de não tentar quanto de arriscar; receio de ir, receio de voltar. A vida não isenta-nos de pavores, apenas cuida de mudar nossos temores. O que antes era medo do “bicho-papão”, hoje é medo de fracasso, falência, decepção, solidão, guerra.
Aprendi que nossos erros não mudam o modo como Deus nos vê, mas sim o modo como nós vemos a Deus. Digo isso porque de vez em quando tiramos nossos olhos do Pai e – consequentemente – os redirecionamos para o medo.
Diante da eminência de morte, o segundo Livro das Crônicas, narra que Josafá reuniu o povo para buscar ao Senhor e pôs-se a orar. Essa oração merece reverência, sobretudo quando no versículo 12 (capítulo 20), Josafá diz: “Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti”.
Desculpe-me, mas é até bom saber que reis também sentem medo. Essa narrativa bíblica me fez entender que a cura do medo não está nos nossos olhos, mas em quem eles estão voltados; não está na confiança que depositam em nós, mas em quem nós depositamos confiança.
Raphael Abdalla é pastor titular da Primeira Igreja Batista em Guarapari e presidente da Convenção Batista do Espírito Santo. Possui formação em Direito, Teologia e MBA em Liderança. Idealizador do projeto Redes de Voluntários. Casado com Ana Paula Abdalla.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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