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Coluna Entenda Direito – As medidas protetivas e a Lei Maria da Penha: garantindo a segurança das vítimas
Publicado em 29 de julho de 2023 às 15:00
Atualizado em 29 de julho de 2023 às 15:00
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*por Dr. Delcemar Souza de Mattos – OAB/ES 32.880.
A violência doméstica é uma triste realidade que assola a sociedade, afetando milhares de pessoas, em sua maioria mulheres, diariamente. Com o intuito de combater esse problema e assegurar a proteção das vítimas, foi promulgada no Brasil a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que trouxe consigo importantes instrumentos jurídicos, como as Medidas Protetivas.
As Medidas Protetivas são medidas cautelares de urgência que têm como objetivo principal garantir a segurança da vítima de violência doméstica e familiar. São instrumentos jurídicos de extrema relevância, pois visam evitar a continuidade ou agravamento do quadro de violência, resguardando a integridade física, psicológica e patrimonial da vítima.
Seu cabimento encontra amparo na própria Lei Maria da Penha. De acordo com o artigo 22 da referida lei, o juiz poderá aplicar medidas protetivas de urgência, as quais serão apreciadas no prazo máximo de 48 horas.
Ainda segundo a Lei Maria da Penha, essas medidas podem ser aplicadas em diversos aspectos da vida da vítima e do agressor, tais como:
1. Proibição de aproximação da vítima, do seu lar, de sua família e de testemunhas;
2. Proibição de contato do agressor com a vítima, seja por meio de telefonemas, mensagens, e-mails ou redes sociais;
3. Suspensão da posse ou restrição do porte de armas bem como a proibição de sua aquisição ou porte, caso existam indícios de sua utilização para ameaçar ou praticar violência;
4. Determinação de afastamento do lar, permitindo que a vítima permaneça em sua residência, enquanto o agressor é obrigado a sair do local, preservando assim o ambiente seguro para a vítima e seus dependentes;
5. Encaminhamento da vítima a programa de proteção e assistência;
Embora seja possível a concessão de outras medidas, as mencionadas são exemplos comuns que demonstram a amplitude e a eficácia das Medidas Protetivas.
A Lei Maria da Penha e as Medidas Protetivas representam um importante avanço no enfrentamento da violência doméstica, oferecendo amparo e proteção às vítimas. Essas medidas são fundamentadas na necessidade de proporcionar um ambiente seguro e livre de violência, além de contribuir para a desconstrução de relações abusivas.
É imprescindível que o Estado, a sociedade e a justiça estejam comprometidos na efetiva aplicação da Lei Maria da Penha e na garantia do cumprimento das Medidas Protetivas. Somente assim será possível promover a igualdade de gênero, prevenir a violência e assegurar uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.
As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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