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Guarapari: moradores em situação de rua transformam canteiro de obra em moradia
Há relatos de consumo de drogas, brigas com armas brancas e até ato sexual a qualquer hora do dia
Por Aline Couto
Publicado em 11 de março de 2024 às 14:55
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Moradores e comerciantes da rua José Barcelos de Mattos, no Centro de Guarapari, reclamam que o local está se transformando em uma “Cracolândia” devido ao aumento no número de moradores em situação de rua que são usuários de drogas.
Em registros recentes, o canteiro de obra da construção do novo Mercado de Peixe se tornou “casa” dos usuários com sofá e roupas secando em estruturas de alumínio que cercam a obra, que é de responsabilidade do município.
“A qualquer hora do dia pode-se presenciar uso de drogas, pornografia, brigas com facas e garrafas, palavras de baixo calão, necessidades em qualquer lugar, além de colocarem fogo o tempo todo em lixos. O comércio da região está enfraquecendo, estamos no coração comercial de Guarapari e as pessoas não querem mais frequentar. O movimento já está péssimo, imagine com esse cenário. Quem vai frequentar o comércio aqui desta forma?”, descreveu uma comerciante local, que não será identificada.
Além dos comércios, a região também abriga escritórios que estão com dificuldades para receber os clientes. “As vezes os usuários se deitam em frente aos lugares e os clientes não conseguem entrar. E se entram não se sentem bem, não é um ambiente ideal para receber um cliente. Está muito complicado. Medo de que o nosso Centro fique igual ao de Vitória, onde às 18h as pessoas já começam a correr para casa. Está triste de ver nossa cidade abandonada assim”.
Prefeitura de Guarapari
De acordo com a comerciante, denúncias de vários aspectos foram feitas por moradores e comerciantes da região na administração municipal, mas nenhuma teve retorno.
Em demanda enviada ao órgão, foi questionada a razão pela qual as denúncias não foram atendidas; qual a justificativa de não terem impedido a invasão do canteiro de obra, sendo uma construção de responsabilidade do município e qual o plano de ação da prefeitura para que a situação não se agrave ainda mais, já que relatos parecidos são feitos em outros bairros da cidade.
No entanto, até o fechamento desta matéria não houve resposta por parte do executivo municipal.
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