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Coluna Dom Antônio: Turismo de Guarapari, em crise constante, recebe incentivos que são promissores
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 19 de setembro de 2024 às 09:00
Atualizado em 19 de setembro de 2024 às 09:00
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Estou no meu décimo ano como morador da Cidade Saúde e preferencialmente abordo na coluna temas relacionados ao turismo em nossa cidade.
Nas primeiras vezes que vim à cidade, ainda não era a capital do turismo no estado e hospedei-me em três lugares: Roma Antiga, Osmar e Dino Hotel.
Parece que eu não trouxe sorte a estes, já que os três fecharam, ainda que estivessem na quadra que mais recebe turistas: a do cais das escunas.
Havia também, quando cheguei, o tradicional Hotel Nevada, que sucumbiu aos encantos do Airbnb e passou a se chamar Thorium.
Neste período o canal recebeu a nova orla, que deu um toque de modernidade e beleza para a região, que viu de três pularem para dez as escunas.
Um custo inicial foi o uso da Praça Trajano como canteiro de obras, o que tirou a Feira Hippie do local, a que tinha sido a primeira do estado.
Talvez não seja só isso, já que outros hotéis tradicionais da cidade encerraram atividades neste mesmo período, denotando a crise no setor.
Alguns restaurantes que existiam na região, fecharam ou mudaram de endereço, como a concorrida pizzaria Dom Rafaelle. São indicadores!
Outro, a Casa da Cultura que quando cheguei era a Biblioteca Municipal, também mudou e está fechada há quase dez anos.
A Farmácia Trajano que funcionou por muitos anos na praça do mesmo nome, também não existe mais, prova do esvaziamento.
Nada ficou também do porto que exportava a areia monazítica, nem da travessia por barco para a Prainha de Muquiçaba.
Alguma coisa precisa ser feita para reativar esta região, que agora verá reforma da praça e a volta da Feira Hippie, o que é pouco.
Talvez um antigo projeto de teleférico da Prainha de Muquiçaba ao fechado prédio da antiga delegacia, lugar ideal para o melhor mirante.
Neste poderia estar um café para degustar nosso lindo pôr do sol e motivar atividades culturais naquele abandonado edifício.
Algo novo precisa acontecer para incrementar a cidade toda, principalmente na região central, o que foi noticiado mês passado.
Tratam-se de investimentos privados para um resort onde era o Siribeira, além da modernização do icônico Hotel Porto do Sol.
Antes do megaempresário Maely Coelho comprar o Porto do Sol, ele estava parado. Às vezes é preciso alguém de fora ver as oportunidades que os daqui não vêem.
Estas duas novidades irão ajudar, mas é preciso mais. Algo como ponto de vans de turismo para passeios pelos pontos históricos da cidade.
Usar a Casa da Cultura para um museu ou centro de informações turísticas aos que vem pelas escunas. Pode bem ser outro.
O próprio destino aos que foram locais dos hotéis fechados, também pode incrementar o pedaço, assim como restaurantes e casas de shows.
O exemplo mais evidente é o Boteco do Caranguejo, que fez ressurgir o lindo ponto onde não se firmou o restaurante Moqueca do Pescador.
Mas o mais importante, divulgar mais e melhor o Centro Histórico!
*Antônio Ribeiro é administrador pelo Mackenzie, especialista em Marketing pela PUC e MBA pela FGV, mestrado em Portugal e doutorado na Espanha. Autor de 47 livros e quase 300 colunas sobre Guarapari.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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