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Crime ambiental em Santa Mônica pode diminuir biodiversidade marinha
Por Livia Rangel
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 00:00
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O que era para ser um dia de alegria tornou-se um grande pesadelo. Isso porque durante a realização da 4ª etapa do Campeonato Estadual de Pesca e de Lançamento, que aconteceu no dia 19 de outubro na Praia de Santa Mônica, foram identificados aproximadamente seis barcos há cerca de 30 m da orla praticando a pesca de balão, que consiste em um barco soltar uma rede e arrastar pelo mar. A atividade é considerada proibida pela Polícia Ambiental.
Como consequência, o número de peixes capturados durante a competição foi de 79, enquanto a média é de 700 em cada etapa. De acordo com o organizador do campeonato, Washington Luiz Almeida de Oliveira, ele esteve no local no sábado e no domingo quando presenciou o crime.
“Quando digo que é predatória, e de uma forma altamente agressiva, é porque quando fazem isso eles capturam todo tipo de espécie marinha que encontram, e como o interesse deles é apenas o camarão, descartam o resto de uma forma criminosa, já sem vida. Sem falar na flora marinha, que é arrancada e destruída sem preocupação alguma por parte deles”, diz indignado.
Consequências
Moradores relatam outro problema que está diretamente ligado ao desequilíbrio ambiental. “Tem dias em que a areia da praia está cheia de crustáceos mortos causando mau cheiro”. Segundo Washington, isso acontece, pois com a diminuição dos peixes na região desequilibra a cadeia alimentar. Sem falar do barulho dos barcos durante a noite.
Diversas denúncias já foram realizadas
Segundo o presidente da Associação de Moradores de Santa Mônica, os barcos costumam agir na madrugada e são pescadores que vem do Centro e de Perocão. “Eu já recorri a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Polícia Ambiental, mas enquanto ninguém faz nada é o nosso ecossistema que está morrendo. É um descaso com a Praia de Santa Mônica, que também sofre com o lançamento de esgotos nos rios e praia”, denuncia.
O que diz os órgãos competentes?
Em contato com a assessoria da Polícia Ambiental, nossa equipe foi informada que até o momento não foram realizadas denúncias, mas sempre que os militares do BPMA são acionados para verificar esse tipo de denúncia são verificadas a carteira do pescador, a documentação do barco, quantidade e tipo dos peixes pescados. Tudo isso é comparado com a carteira do pescador e o tipo do barco. É importante que a população denuncie crimes ambientais, passando os dias e horários em que acontecem com mais frequência. As denúncias podem ser feitas através do telefone 3636-0173.
Enquanto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente garante que vai dar ciência sobre a situação à Secretaria Estadual da Agricultura, Aquicultura e Pesca (SEAG), ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (IBAMA) e à Polícia Ambiental com o objetivo de firmar parcerias para ações de combate à pesca predatória.
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