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Os 10 pontos mais críticos do trânsito de Guarapari
Por Livia Rangel
Publicado em 3 de novembro de 2014 às 00:00
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Lívia Rangel
Imagine o som do carro freando, derrapando e em seguida o estrondo da colisão. Pelo menos uma vez por mês, o pintor José Pessalis, 54 anos, se assusta com esse barulho dentro de casa e em uma reação automática, corre para ver o tamanho do estrago do acidente.
Isso porque ele mora perto do cruzamento da Av. Praiana, na Praia do Morro, com a Rua Harriete Center, aquela que segue sentido ao antigo Kart Indoor. Esse é apenas um dos 10 pontos considerados mais críticos no trânsito de Guarapari.
Esse levantamento foi feito pelo Pelotão do Trânsito do 10º Batalhão da Polícia Militar a pedido do Jornal Folha da Cidade. Os pontos foram definidos de acordo com a incidência dos acidentes, sendo que a falta de atenção e a imprudência continuam sendo as principais causas dos acidentes.
“Neste ano, de janeiro até 29 de outubro, já foram registrados 1.434 acidentes. Esse balanço leva em conta desde as colisões mais simples até aquelas com vítimas fatais. Nesse mesmo período do ano anterior, foram registrados 1.494 acidentes”, destaca o comandante do Pelotão de Trânsito, tenente Elias.
Apesar da pequena queda no número de acidentes, houve um aumento de 136% no número de óbitos. De janeiro a 29 de outubro deste ano, 26 pessoas já perderam a vida no trânsito de Guarapari. No mesmo período do ano passado, esse número chegou a 11.
“Os fatores são inúmeros, mas o fator humano tem sido o principal. É condutor que não respeita às normas de trânsito, é o motociclista fazendo as imprudências, é o pedestre distraído com o celular”, explica o tenente Elias.
Outro fator que também contribui, segundo o comandante, é o aumento da frota em Guarapari. Em 2013, foram registrados 56.077 veículos de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há cinco anos, eram 40.006 automóveis.
E é por conta desse grande fluxo de carros que concedeu o primeiro lugar no ranking dos bairros campeões em acidentes de trânsito a Muquiçaba. De janeiro de 2013 a 29 de outubro de 2014 foram 662 acidentes. Uma média de pelo menos um acidente por dia.
A Praia do Morro ficou com o segundo lugar, com 486 acidentes. “O principal motivo nesse caso seria a falta de atenção do condutor aliado ao grande número de cruzamentos nas principais avenidas do bairro. Cruzamento não tem jeito, é preciso ter cautela”.
Em terceiro, aparece o Centro. Foram registrados 433 acidentes. “Esse índice é menor, porque é um local em que o fluxo é mais lento por não ter como andar em alta velocidade”. E em quarto, está o Aeroporto. Foram 374 acidentes.
“As regiões mais afetadas são as centrais, o miolo da cidade. Já os bairros mais afastados, essa incidência é menor. Por exemplo, Santa Mônica, que vem logo após o Aeroporto, em quarto lugar, registraram-se 134 acidentes. Um número bem inferior”, destacou o comandante.
Onde estão os pontos mais críticos:
1 – Cruzamento da Rodovia Jones dos Santos Neves com a Rua Ubá, próximo a Farmácia Campi. Não é permitido fazer o contorno, mas muitos condutores desrespeitam as regras de trânsito. O ideal ali seria a implantação de semáforo.
2 – Cruzamento da Rodovia Jones dos Santos Neves com A Av. do Contorno, próximo ao Posto Esplanada. Embora tenha semáforo, é um cruzamento que pega duas rodovias onde os carros normalmente andam em alta velocidade. E ao invés de pararem no sinal amarelo, geralmente aceleram para dar tempo de passar e não parar no semáforo.
3 – Contorno da Rodovia Jones dos Santos Neves próximo à Semed. Mais uma vez, desrespeito dos condutores que não fazem o contorno no local adequado além de ultrapassarem o sinal vermelho.
4 – Cruzamento da Av. Antônio Guimarães (Av. F) com a Av. Linhares, próximo ao Guaracamping. Região em que cresceu o comércio, alocação de escola e de unidade de saúde, o que aumentou o fluxo de veículos. O ideal seria a implantação de um semáforo.
5 – Cruzamento da Rua Santana do Iapó com a Rua Araxá e Rua Joaquim Fonseca, próximo ao Jesus Menino. Também é um local de grande fluxo de veículos, principalmente pela expansão do comércio e da presença de escola. O ideal seria a implantação de um semáforo.
6 / 7 / 8 – Cruzamentos da Av. Oceânica, da Av. Praiana e da Av. Atlântica. Todos os cruzamentos são considerados perigosos e requerem o dobro da atenção. Como são avenidas longas, propicia a alta velocidade. A implantação de alguns quebra-molas já amenizaria o problema.
9 – Rodovia do Sol, Aeroporto. Ao longo da avenida há várias ruas transversais. Os motoristas da rodovia não dão passagem e em contrapartida os das transversais forçam a entrada. É preciso mais cautela e mais educação no trânsito.
10 – Av. Meaípe, em Nova Guarapari, próximo ao Posto Verano. Há dois sinais na rodovia, um pra quem segue direto sentido à Meaípe e outro de acesso às praias de Nova Guarapari. Quando um fecha, o outro não necessariamente fecha. Às vezes, ocorre engavetamento de carros. A solução aqui é mesmo redobrar a atenção.
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