Esporte ajuda a crianças com necessidades especiais

“O esporte é a ferramenta de inserção social mais eficaz, pois o resultado é imediato e as transformações são surpreendentes” (Leandro Flores).Essa frase mostra a importância do esporte como uma ferramenta que pode promover a mudança na vida das crianças, adolescentes e jovens.

E pensando assim que os profissionais dos Campeões do Futuro trabalham usando o esporte para ajudar a melhorar a vida das crianças e adolescentes que participam do projeto, que é voltadopara alunos de escola pública. Não existe qualquer outra distinção para aceitar participantes e um exemplo disso são os irmãos Henrique Ribeiro, de 11 anos, e Hiago Ribeiro, de 6 anos.

Eles são crianças que necessitam de cuidados especiais:um tem diabetes e o outro tem deficiência auditiva, respectivamente. Mas isso não impediu que eles começassem a frequentar o projeto e fazem aula de futsal com o professor de Educação Física Kodoca, mostrando que para o esporte não existe limitações.

A mãe Regina Aquino, conta que a vida dos meninos mudou completamente depois que eles começaram a participar do projeto “A prática do esporte ajudou a controlar as taxas de diabetes do Henrique, e fez com que o Hiago tivesse mais respeito pelo outros e também o acalmou mais, fez com que o rendimento dele na escola melhorasse muito. O Kodoca além do esporte ensina aos alunos a terem disciplina em todos os fatores da vida.O projeto ajudou na saúde e na educação dos meus filhos”.

O professor Kodoca explica que o projeto se preparou para receber as duas crianças para que eles pudessem treinar da melhor forma possível. “A gente faz um trabalho em conjunto com a família, os pais deles me falavam quando o Henrique não estava bem, nós preparamos um treino diferenciado não para gerar exclusão, mas sim para respeitar as limitações da criança.Os dois são tratados como todas as outras crianças sem diferença de tratamento, o treinamento que foi preciso ser adaptado”. 

Para auxiliar nesse trabalho, na ficha de inscrição os pais já especificam se a criança necessita de algum cuidado especial, para que seja feito um treinamento adequado para criança. “Tenho dois alunos hiperativos que também treinam aqui e temos um treinamento diferenciado, no sentido de limite de trabalho. Mas todos são tratados da mesma forma, como na hora do treino coletivo eles treinam com as outras crianças. As crianças do projeto sabem qual é o limite de cada um”, destaca Kodoca.

As próprias crianças conseguiram se adaptar às necessidades especiais dos irmãos Ribeiro. Eles conseguem se comunicar com o Hiago e já percebem quando o Henrique está passando mal, e para essas situações os professores do projeto já deixam algum alimento, para ajudar a normalizar o nível de glicose da criança.

O trabalho realizado dentro do projeto é uma forma de dar disciplina e ajudar aos pais na educação das crianças. “Os alunos que não têm uma boa conduta em casa não podem treinar. É um trabalho em conjunto junto com a família, temos 80 crianças no projeto”, finaliza Kodoca.