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Futuros vereadores se comprometem a realizar mandato mais transparente
Por Livia Rangel
Publicado em 13 de novembro de 2012 às 00:00
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Depois do recado em favor da renovação anunciado pelas urnas, chegou a vez dos vereadores eleitos para a Câmara de Guarapari aderirem a um projeto de mudança, com o objetivo de tornar os trabalhos parlamentares mais transparentes e com maior participação popular.
Com uma imagem desgastada, principalmente pelo aumento de 148% no salário dos edis aprovado no ano passado (e que depois retrocedeu para um reajuste de 91%, porcentagem ainda considerada abusiva pela população), a intenção agora é aparar as arestas para realizar um mandato coerente com o que a sociedade precisa.
Esse foi o compromisso firmado pelos futuros parlamentares durante uma reunião com a ONG Transparência Guarapari, realizada na última segunda-feira (12), no Radium Hotel. Dos 15 eleitos, 13 compareceram: Fernanda Mazelli, Lincoln, Aratu, Manoel da Ki-Delícia, Dito Xaréu, Gedson Merízio, Professor Germano, Thiago Paterlini, Ronaldo Tainha, Oziel, Jorge Ramos, Jorge Figueiredo e Paulina.
Segundo a ONG, Vanderlei Astore justificou sua ausência informando que estava com viagem marcada para outro estado. Já Anselmo Bigossi não conseguiu ser comunicado oficialmente pela equipe, apesar de terem deixado recado no celular e com a secretária dele.
“Essa reunião é o primeiro passo para firmar uma parceria e convivência amigável com todos os vereadores para que a população de Guarapari enfim possa sair ganhando. Temos bons projetos para agregar. Não queremos agredir ou acusar ninguém”, disse o assessor da Transparência, Alex Willians.
Propostas. Entre algumas das propostas apresentadas estavam a revisão do plano de cargos e salários dos funcionários efetivos, diminuição do número de comissionados, divulgação das pautas de votação das sessões ordinárias em até 72 horas de antecedência e manutenção das 15 cadeiras para o legislativo.
Todos os vereadores presentes aprovaram a iniciativa e informaram que concordam com a maioria das propostas, apesar de algumas não dependerem somente deles para serem aprovadas. “Infelizmente não compete a nós decidir a questão da entrada do 16º e 17º vereador, que está nas mãos da justiça, mas estamos aqui para somar e aprender”, destacou Fernanda Mazelli, estreante no cargo e vereadora eleita mais jovem do Estado.
Gedson Merízio foi outro a agradecer pela oportunidade de dialogar com a ONG. “Creio que estamos vivenciando um rompimento com a política do passado. Nosso objetivo é fazer com que nossos filhos e a sociedade em geral se orgulhem de nós como vereadores”, afirmou.
Futuro da prefeitura. Outro ponto discutido na reunião foi com relação ao clima de insegurança política vivido pela cidade após a anulação da eleição para prefeito. A previsão da justiça eleitoral é que o segundo pleito seja realizado em 03 de fevereiro. Isso significa que, por pelo menos um mês, a cidade deverá ter o presidente da Câmara como prefeito interino.
“Guarapari está vivendo um momento muito difícil, todas as tensões estão voltando. E quem deve assumir um papel de preponderância nesse período é a Câmara”, alertou o advogado Marcellus Ferreira Pinto, especialista em direito eleitoral.
Ele destacou que o presidente da Câmara tem que ser escolhido com bastante critério, pois não vai ser um período de comodidade, sem direito à equipe de transição e pouquíssimas informações sobre como estará a prefeitura no dia 1º de janeiro. “Essa é uma cidade com protagonismo na época do verão e os serviços essenciais não podem parar. Não se pode esquecer que o presidente da Câmara, enquanto prefeito interino, poderá responder criminalmente e civilmente por qualquer deslize cometido nesse período”.
Os vereadores reeleitos Thiago Paterlini e Jorge Figueiredo manifestaram sua preocupação com esse futuro incerto, informando que como parlamentares em exercício, eles têm direito a pedir informações mais completas sobre a situação financeira da administração municipal desde já, eliminando algumas dúvidas.
“Nós temos o conhecimento que é encaminhado mensalmente o balancete financeiro, mas vamos pedir informações complementares para que não tenhamos dúvidas de qual é a situação financeira do caixa da prefeitura”, disse Thiago.
Figueiredo, por sua vez, disse que o grupo dos 15 eleitos irá marcar uma reunião com o juiz da Vara dos Feitos de Guarapari para saber mais detalhes sobre a questão dos contratos que vencem no final do ano e até quando eles poderão ser prorrogados. “Assim que tivermos as informações em mãos, iremos com certeza passá-las para a população ficar ciente”, garantiu.
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