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Aprovação de Casagrande chega a 46,6%
Por Livia Rangel
Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 00:00
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Reportagem do jornal A Gazeta, publicada neste domingo, mostra que a aprovação do Governador está boa. De acordo com a reportagem, para 46,6% dos capixabas, o chefe do poder Executivo é bom ou ótimo. Já a administração socialista recebeu sinal positivo de 42,2% das pessoas. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Futura a pedido de A GAZETA.
Comparados à medição realizada em abril de 2011, quando o governo completou 100 dias, os números atuais atestam a ascensão da aprovação, tanto do governador quanto de seu governo. Na época, o percentual dos que os consideravam bons ou ótimos era de 37,6% e 31,5%, respectivamente.
Conforme indica a pesquisa, Casagrande está atingindo o foco de “governar para os excluídos que não têm acesso ao Palácio” – como prometera em sua posse, em janeiro de 2011. Os números mostram que a margem de aprovação do governador é maior entre moradores do interior (52,1%), e pertencentes às classes C (50,3%), D/E (48,1%). Pessoas com mais de 50 anos são a maioria (51,5%) no grupo.
Os maiores índices de rejeição – a soma das respostas ruim ou péssimo na avaliação – ao governo são encontrados entre pessoas das classes A/B (18,3%) e moradores da Grande Vitória (19,6%).
A imagem de Casagrande também encontra mais resistência na Região Metropolitana, onde 17,3% o consideraram ruim ou péssimo. Nas classes A/B a avaliação negativa do socialista fica no patamar dos 17,4%. “Este é um governo que se mostra enraizado em setores populares, e a aprovação ser maior no interior demonstra que o foco da gestão está sendo atingido. Faz sentido essa percepção, porque em geral a impressão do morador do interior não leva em conta o viés político. Esses moradores avaliam mais os serviços”, avalia o cientista político João Gualberto Vasconcellos, um dos diretores do Instituto Futura.
Frustração
No cruzamento de dados da pesquisa realizada em 2011 com os atuais, percebe-se que parte dos entrevistados que aos 100 dias de governo considerava cedo para avaliá-lo (19,2%) passou a considerar a atual administração regular, ruim ou péssima.
Essas respostas tiveram 8,1 pontos percentuais a mais que na primeira medição (passaram de 47,1% para 55,2%, na soma). Outra parte foi transferida para os que hoje fazem uma avaliação positiva da gestão, que somou 9%. A percepção de que o governo estadual é regular foi feita por 42,8% dos abordados.
O capixaba também mostrou-se reticente em relação ao cumprimento das promessas de campanha do governador. No início da gestão, 33,2% das pessoas disseram que seria prematuro avaliar o cumprimento de metas. Hoje, uma em cada cinco (20,5%) consideram que alguns compromissos foram cumpridos e outros, não.
O percentual dos que acham que Casagrande não cumpre o que prometeu saltou de 21,6% para 32,9%, enquanto recuou a parcela dos que veem as promessas de campanha sendo realizadas: de 33,8% para 29,4%.
“Na comparação das expectativas de início de mandato com o julgamento do que foi realizado, constatamos que houve certa frustração. Ao fim de um ano, o governo não atendeu a algumas expectativas”, destacou João Gualberto. Os números atestam a análise do cientista político. O Instituto Futura perguntou às pessoas se o governo superou, frustrou ou correspondeu às expectativas que tinham. A última opção foi escolhida por 48% dos abordados. Para 30,5% dos consultados, o governo frustrou as expectativas, enquanto 8,2% disseram que a gestão de Casagrande superou os anseios.
Equipe
O secretariado do governo segue desconhecido por maior parte das pessoas: 91% dos entrevistados afirmaram não saber o nome de nenhum membro do primeiro escalão. A parcela ficou praticamente inalterada, já que em abril 90,6% das pessoas afirmavam não sabem quem eram os secretários.
A avaliação da equipe piorou desde a última vez que o Instituto Futura foi às ruas: 10,4% das pessoas ouvidas consideraram o time palaciano ruim ou péssimo. Antes, essa amostra representava 5,5% dos entrevistados.
Mais uma vez, observa-se a diferença na percepção dos moradores da Grande Vitória e do interior do Estado. No entorno da Capital, a fatia dos que percebem o secretariado negativamente é de 15,3%; no interior, somente 6,4% das pessoas fazem igual avaliação.
“Existe o hábito do eleitorado em personalizar a gestão. Não surpreende o fato de as pessoas não conhecerem os secretários ou de moradores do interior não fazerem tantas críticas. A gestão acaba sendo capitalizada pelo governador”, avaliou João Gualberto. O Instituto Futura ouviu 800 pessoas, em todas as regiões do Espírito Santo, nos dias 16 e 17 de janeiro. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
49,6% avaliam governo como igual ao de Hartung
Para quase metade dos capixabas (49,6%), o governo de Renato Casagrande (PSB) é igual ao de seu antecessor, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Este foi o resultado obtido pelo Instituto Futura, em consulta feita a para A GAZETA.
Eleito em outubro de 2010 por 82% do eleitorado, Casagrande reuniu em seu palanque 16 partidos pregando o discurso de continuidade do governo. Passado um ano de gestão, é considerado melhor que o peemedebista por 13,5% das pessoas e pior por 26,1% da população. No início da atual gestão, 43,6% dos entrevistados disseram esperar de Casagrande uma gestão igual à de Hartung. Em abril de 2011, a expectativa de 32,9% dos capixabas era que o novo governo fosse melhor que o antecessor, e somente 12,3% dos entrevistados se mostravam pessimistas.
Agora, os jovens e adultos na faixa dos 16 aos 29 anos são os que, de acordo com a pesquisa, mais identificam semelhanças entre os governos de Casagrande e de Hartung – 52,6% os consideram iguais.
Com relação às eleições de outubro, 61,9% dos entrevistados acham que Casagrande deve apoiar candidatos a prefeito. Outros 29,8% avaliam que não. E 37,1% dos capixabas admitiram votar em algum candidato apoiado por Casagrande. Outros 33,9% avaliaram que, dependendo do nome, seguiriam a indicação do governador para decidir.
A população também foi questionada com relação ao ritmo da administração. Para 49,2% dos entrevistados, o governo segue num ritmo razoável. Esse percentual, aliás, é maior do que o observado no início da gestão (42,5%).
Assim como ocorreu na avaliação de imagem do governador, foi nas classes C, D/E que o ritmo do governo foi melhor recebido. Entre os mais pobres, 72,8% consideraram que a máquina está em velocidade razoável ou boa.
Fonte: com informações do jornal a Gazeta.
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