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Enfim uma mulher na presidência…
Por Glenda Machado
Publicado em 1 de novembro de 2010 às 00:00
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Dilma Rousseff (PT) foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil e a 11ª na América Latina. O resultado já vinha sendo anunciado. No início do pleito, a petista era favorita para ganhar ainda no primeiro turno. Mas os escândalos de corrupção na Casa Civil envolvendo o seu braço direito, Erenice Guerra, e a tal Onda Verde de Marina Silva (PV) a levaram ao segundo turno com o candidato José Serra (PSDB).
Tanto os membros do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto os do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) classificaram a fase final de campanha dos presidenciáveis como a mais agressiva desde Collor (PTB) versus Lula (PT) em 1989. “Foi uma das eleições mais radicais do Brasil nos últimos anos. Fica a lição para que, nas próximas eleições, haja conflito de ideias e não entre as pessoas”, afirma o senador eleito pelo PSDB, Aécio Neves. “Há muito tempo participo de disputas eleitorais e eu nunca vi uma eleição em que o subterrâneo, a calúnia e a falta de respeito estiveram tão presentes”, diz um dos coordenadores da campanha petista, José Eduardo Cardozo (PT).
Entretanto, o último debate permitiu que ambos os candidatos mostrassem suas propostas sem que houvesse diálogo direto entre eles. Os dois tiveram a oportunidade de responder a perguntas dos eleitores indecisos. As pesquisas, ao contrário do primeiro turno, se confirmaram e o resultado anunciado – desde o início da disputa eleitoral – se concretizou. Dilma Rousseff foi eleita.
A presidente eleita do Brasil, em seu discurso de vitória, garante que manterá a linha de trabalho de Lula. “Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem”, disse.
Como essa campanha também foi marcada por declarações preocupantes por parte da imprensa e das igrejas a respeito da falta de liberdade que Dilma poderia impor a presidente preferiu esclarecer, mais uma vez, sua posição. “Farei um governo com ampla liberdade de imprensa, religiosa e de culto. Vou zelar pela observação criteriosa dos direitos humanos e zelarei pela nossa Constituição”, garante. Ela prometeu valorizar a democracia “em toda a sua dimensão” e fez questão de destacar que o seu governo será pautado pelo respeito à “ampla liberdade de imprensa e religiosa”.
Dilma também comentou o fato de, pela primeira vez, uma mulher ser eleita, no país, para a presidência. “Isso é um avanço democrático. Pela primeira vez, uma mulher presidirá o Brasil. Meu primeiro compromisso é honrar as mulheres brasileiras para que este fato, até hoje inédito, se torne natural”, conclui.
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