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Perguntas que não calam
Por Livia Rangel
Publicado em 11 de maio de 2015 às 12:46
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Mais uma CPI está prestes a começar na Câmara Municipal de Vereadores. O tema agora é descobrir a causa de preços tão altos nos postos de combustíveis e uma suposta formação de cartel. A exatos 19 meses da transferência do delegado Luiz Carlos Pascoal que investigava justamente esta segunda hipótese e a 18 meses da próxima eleição municipal.
Por isso, faço alguns questionamentos: por que só agora abrir uma comissão para analisar este problema que, anos a fio, incomoda a vida e o bolso da população de Guarapari? Após o resultado, o que a Câmara poderá fazer para diminuir o valor dos combustíveis?
Não seria o caso de, antes, estudar e propor um projeto de lei de incentivo fiscal, já que os donos de postos argumentam que o valor do frete para a cidade é muito acima do praticado em outras partes da Grande Vitória?
Qual foi a CPI comandada por esta legislatura que chegou a uma solução concreta? Que trouxe melhorias reais para todos os moradores da cidade? Não seria apenas mais um palanque para um ou outro candidato à reeleição fazer média com seus eleitores a partir do ano que vem?
Agora, perguntar por que os vereadores não foram contra a transferência do delegado para Itapemirim é chover no molhado, porque todo mundo deve (ou pelo menos deveria) se lembrar que outra investigação que ele comandava na época tinha como foco justamente a Casa de Leis.
Pascoal estava mirando casos de vereadores de Guarapari suspeitos de cobrar propina para viabilizar a tramitação de projetos de interesse de terceiros. O episódio ficou conhecido com mensalinho da Câmara de Guarapari e a prisão de dois vereadores foi anunciada, sem nunca se concretizar.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e depois retornou à Polícia Civil para procurar mais indícios. Isso em novembro de 2013. Desde então não houve mais nenhum pronunciamento oficial. A pasta com toda documentação deve estar agora em algum armário apenas acumulando poeira. E assim deve continuar, infelizmente.
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