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Presidente da Câmara propõe incentivo aos produtores rurais que recuperarem as nascentes
Por Glenda Machado
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 19:24
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Depois da polêmica que foi a ideia de se cobrar um pedágio para turista a fim de investir na recuperação das nascentes, o vereador arquivou o projeto de lei e propõe uma nova forma para resolver o problema do desabastecimento de água no verão. O presidente da Câmara de Guarapari, Wanderlei Astori, quer implantar o Projeto Conservador das Águas.
Ele apresentou a proposta na tarde de hoje durante uma coletiva com a imprensa para explicar os motivos pelos quais havia arquivado a cobrança da taxa de preservação ambiental aos turistas e cancelado a audiência pública que aconteceria no dia 5 de novembro. Em contrapartida já protocolou um novo requerimento que será votado na sessão de amanhã.
“Não desisti da ideia de recuperar as nossas nascentes. Mas como a taxa de preservação ambiental não foi bem aceita, eu, como agente público, tenho que respeitar a opinião do povo e achei melhor arquivar e apresentar uma nova ideia. O novo requerimento propõe apoio financeiro aos produtores rurais que conservarem e recuperarem as nascentes”, explicou.
O requerimento 610 solicita que a prefeitura incentive financeiramente os produtores rurais que cumprirem metas de recuperação das nascentes como adotar práticas de conservação do solo, aumentar a cobertura vegetal e implantar saneamento ambiental nas propriedades rurais do município. A ação seria em parceria com o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema).
“Temos que fazer um levantamento e um cadastro das nascentes com a situação de cada uma e incentivar essa recuperação, porque falaram mal do meu projeto, fazem reunião aqui e ali, mas ninguém fez nada de concreto ainda para resolver o problema da falta da água na alta temporada”, afirmou o presidente.
A ideia parece com o projeto do Governo do Estado, Produtores de Água. Executado pelo Iema, Idaf e Incaper, ele reconhece os produtores rurais que ajudam na preservação de determinadas áreas dentro da sua propriedade com um incentivo financeiro. Nos relatórios de 2009/2010, por exemplo, o apoio era de R$ 146,01 por hectare protegido.
Uma ação simples, como plantar mudas, já ajuda pois quanto mais vegetação, mais água penetra no solo, abastecendo o lençol freático e as nascentes, retendo os sedimentos que assoreiam os rios. “São de ações como essas que precisamos. Eu, por exemplo, plantei mais de 300 mudas na minha propriedade rural em Todos os Santos”, conta Wanderlei.
Mas essa não é a única proposta. O presidente também protocolou outro requerimento , 612, solicitando um convênio entre a prefeitura e a Cesan. “O objetivo é construir reservatórios de água no interior para captar mais água para a produção rural e servir de armazenamento para suprir as necessidades nesses três meses que falta água”.
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