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Colecionador de quadrinhos antigos compartilha história com alunos
Por Gabriely Santana
Publicado em 12 de novembro de 2015 às 11:28
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por Glenda Machado
Que os elementos culturais e as atividades lúdicas de interação são importantes para o desenvolvimento na educação, não temos dúvida disso. Inclusive o Folha da Cidade já deu exemplo em várias reportagens de projetos e programas que dão certo, se tiverem boas ações e iniciativa positivas das escolas.
E para reafirmar aquilo que falamos a Escola de ensino integral Marinalva, em Santa Mônica, recebeu mais uma vez um senhor muito especial. O nome dele? Mauro Trindade. Mas dessa vez não viemos falar das oficinas de sudoku que ele realiza na escola (veja nossa reportagem anterior), mas sim de uma paixão antiga que ele quis compartilhar com os alunos: o amor pelos quadrinhos infantis.
São revistas e gibis das décadas de 30, 40, 50 e 60 que o Sr. Mauro guarda com muito carinho. E ele resolveu expor por um motivo muito interessante “quero trazer o gosto para a leitura de onde tudo sempre começa, pelos quadrinhos”, disse.
As histórias em quadrinhos são narrativas contadas a partir de uma estrutura que utiliza o desenho, e o discurso direto como na fala. Além disso, são gêneros discursivos que associam às linguagens verbal e imagética, envolvendo elementos como personagens, tempo, espaço e acontecimentos organizados em sequência, numa relação de causa e efeito.
A expressão verbal costuma aparecer nos balões, nas legendas (ou letreiros), onomatopeias e interjeições. O uso de imagens e representação de gestos compõe a linguagem não verbal, essencial à criação das HQs. Ou seja, uma ótima forma de ensinar e introduzir a língua portuguesa para os alunos mais jovens.
Além de uma exposição, os quadrinhos vieram recheados de história. Segundo o colecionador, as histórias em quadrinhos no Brasil começaram a ser publicadas no século XIX. Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge. Depois disso os encartes começaram a ser distribuídos como suplementos literários de grandes jornais da época.
“Primeiro começaram reproduzindo histórias dos quadrinhos americanos como Flash Gordon e depois vieram as adaptações de literatura brasileira como O Guarani de José de Alencar”, completou Mauro.
O interesse dos alunos foi tão grande que a exposição que ia durar apenas um dia, ficou na semana de comunicação da escola. “O projeto teve a exposição de objetos antigos relacionados a comunicação, apresentações de dança, teatro e música e os quadrinhos do Sr. Mauro tinham tudo a ver com essa miscelânea cultural”, disse a Diretora da escola, Alessandra.
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