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Um sorriso para a vida
Por Glenda Machado
Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 18:49
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Como você reagiria se perdesse os cabelos? Ficasse completamente careca? Sem os cílios, sem sobrancelha? Ela decidiu reagir com sorriso, enfrentar os olhares com alegria e aceitar o novo look no espelho com humor. Lenços, chapéus, bonés tornaram-se o pretinho básico do guarda-roupa. Sempre de bem com vida, a gargalhada é marca registrada da jornalista Adriana Moreira Maciel.
Ela tem uma doença chamada alopecia areata, que provoca a queda dos cabelos. As causas ainda são mistério para a ciência. Sabe-se apenas que é hereditária e que o quadro pode ser agravado por fatores emocionais. E Adriana tem o estágio mais raro da doença conhecido como total ou universal, quando se perdem todos os pelos. Diante das falhas com a queda do cabelo, ela achou melhor raspar tudo de uma vez só.
“O olhar das pessoas era uma coisa que me incomodava muito no início, porque me olhavam com pena por achar que era câncer. Até hoje, as pessoas me perguntam. Não deixei de trabalhar nenhum dia, mas confesso que fiquei dois finais de semana em casa. Mas depois reagi, eu não podia ficar me escondendo. Gosto de sair com os meus amigos, me divertir, então colocava um lenço e continuei a minha vida normal”, conta Adriana.
A primeira vez que ela teve foi ainda criança com apenas 10 anos. Mas não chegou a cair tudo e o cabelo voltou a crescer normal com o tratamento à base de injeção de corticóide no couro cabeludo. Em 2013, o episódio se repetiu. No entanto, desta vez não sobrou nenhum pelo no corpo. Adriana chegou a fazer o tratamento por um ano seguido, mas sem sucesso. Hoje, sua única terapia é a corrida.
“Um dia me senti mal quando fui malhar e todos ficaram me olhando, porque eu tinha muito cabelo. Lembro que fiz três exercícios e fui embora. Mas como corticóide incha muito, eu não podia ficar parada. Então comecei a correr na praia e hoje participo de vários campeonatos. Já fui a mais de 20 corridas como a Meia Maratona da Caixa, Meia Maratona Internacional do Rio e a Volta Internacional da Pampulha”.
E com esse jeito brincalhão, ela confessa que nem é o cabelo o que mais sente falta, mas sim os cílios e a sobrancelha. Mas que não perde tempo reclamando. “Resmungar não vai resolver. Se essa é a minha realidade hoje, vou viver da melhor forma possível. É só cabelo, agradeço por não ter nenhum problema de saúde. E sempre fui assim, de rir, brincar. Os meus amigos merecem o melhor de mim e o que tenho a oferecer de melhor é o meu sorriso”.
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