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Moradores fazem campanha para pavimentar o desvio do pedágio
Por Glenda Machado
Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 22:24
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Após o reajuste da tarifa de R$ 7,20 para R$ 8,50 na Rodovia do Sol, moradores do entorno do pedágio incentivaram os motoristas a passarem pelo desvio de 7,5km pela estrada da Ilha do Sol. Agora, um grupo da diretoria esteve na prefeitura na tarde desta terça-feira (16) reivindicando a pavimentação e a iluminação da rua que é uma alternativa à Rodosol. A entrada é no contorno do pedágio e a saída no Thermas.
“Viemos conversar com ‘deus’ e mandaram o santo. Deram um monte de desculpa: tem que falar com o prefeito, a obra não está no orçamento, não tem recurso. A gente já sabia que a resposta seria não. Falaram apenas que vão ver se dá para a máquina passar lá amanhã. Não vamos mais esperar ajuda de políticos, nós queremos agora que a população abrace a nossa campanha”, disse a presidente da Associação Amigos da Praia do Sol, Neia Lima.
Isso porque depois de instalarem as placas de sinalização que foram arrancadas na calada da noite e pintarem muros e cercas indicando o trajeto do desvio, agora vão pedir doações a empresas e moradores para arrecadar o dinheiro a fim de custear o calçamento. “Vamos fazer o orçamento do solo de brita, abrir uma conta para depósito e sair pedindo com panfletos. Vamos passar a caixa na própria praça da cobrança do pedágio”, destaca Neia.
Para ela, é uma melhoria que vai beneficiar todos os moradores de Guarapari. “O pedágio acaba até com o turismo da nossa cidade. Muitas pessoas que vinham curtir as praias de Setiba, Santa Mônica, agora ficam na Ponta da Fruta, Barra do Jucu, Jacaraípe. Porque além do alto preço da gasolina, ainda vão pagar R$ 17,00 de pedágio. Preferem ir para outras praias, porque é um roubo”, afirma Neia.
Outra que estava presente na reunião é a presidente da Associação dos Moradores de Jabaraí, Luciana Gonçalves. Representando não só a região norte, mas também como moradora de Guarapari que trabalha em Vila Velha. “Sou assaltada toda vez que passo no pedágio. Não estamos pedindo nada impossível, apenas o calçamento de uma rua do município. Queremos que a prefeitura conserte um erro do passado”.
Neia completa: “o problema foi quando o município autorizou a instalação da praça no meio da cidade. A proposta era que o pedágio fosse na Barra do Jucu, em Vila Velha. Mas diante das manifestações, acabou sendo transferido para Guarapari. Se fosse lá, já foi dito em reuniões que a tarifa seria no máximo de R$ 1,90 por conta do alto fluxo de carros”. Ela ainda ressalta que a movimentação no desvio aumentou. “Só não é maior por causa das condições precárias da estrada e da falta de iluminação”.
O que diz a prefeitura?
O prefeito Orly Gomes não recebeu os moradores do entorno do pedágio na Rodovia do Sol. Mas solicitou que o secretário Chefe de Gabinete, Malcom Robert Gonçalves, e o procurador, Marcos Paulo Gomes Dias, atendessem o grupo. Mas sem a imprensa. Após a reunião, o chefe de gabinete conversou com os repórteres e disse que a prefeitura vai fazer um estudo de custo de pavimentação da estrada e que também vai levar a reivindicação ao Governo do Estado. No entanto, não definiu prazo.
“O prefeito não promete o que não pode cumprir. Então, hoje, o que podemos é fazer esse estudo o mais rápido possível. E vamos levar o ofício com a reivindicação pessoalmente ao gabinete do governador Paulo Hartung”, afirmou Malcom. De acordo com ele, o prefeito esteve hoje pela manhã em reunião com a Rodosol. “Fomos conversar e solicitar a isenção dos moradores que residem após a praça de cobrança. A concessionária disse que vai levar o pedido para análise do conselho”.
E não descartou a possibilidade de fazer a obra com o apoio da população. “A campanha é uma alternativa. O município poderia, por exemplo, entrar com mão de obra se a associação conseguisse o dinheiro”. Malcon explica que no momento a prefeitura não tem recursos para realizar o calçamento, além de ser uma obra que não está inserida no orçamento aprovado no ano passado pelos vereadores.
Outro obstáculo, segundo ele, é que a região possui muitos loteamentos irregulares. “Isso dificulta qualquer ação de melhorias na região. Mas com a aprovação do PDM, que traz uma legislação para regularizar a questão fundiária da cidade, pode ser um caminho”.
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