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Sine Guarapari: atendimento voltou, mas reclamações continuam
Por Livia Rangel
Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 12:56
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Mesmo depois de voltar a funcionar (foram quase seis meses fechada por falta de estrutura), a agência do Sine em Guarapari continua sendo motivo de insatisfação para quem está em busca de uma nova colocação no mercado. Entre as reclamações, estão a falta de organização no anúncio de vagas, poucos funcionários (há apenas um atendente e um segurança) e, por consequência, baixo número de atendimentos.
A reportagem do Folha da Cidade esteve na agência no começo da manhã desta sexta (26) e conversou com algumas pessoas. E logo ao chegar, testemunhou algumas dificuldades: pouco antes de a agência abrir, às 8h15, foi afixado um cartaz na fachada de vidro informando o número de vagas: apenas 9. O número de fichas foi igualmente baixo: 15.
“Já estou vindo aqui há vários dias e não consigo atendimento, porque são poucas senhas. Hoje, cheguei às cinco da manhã para garantir”, disse um trabalhador que não quis se identificar. Primeiro da fila, ele conseguiu se cadastrar para uma vaga de auxiliar de produção.
Já outro rapaz não teve a mesma sorte. Ele queria dar entrada no seguro-desemprego, mas foi informado que o serviço só está sendo oferecido no escritório do Ministério do Emprego e mesmo assim mediante agendamento pela internet. “A divulgação é péssima. Perdi meu tempo”, limitou-se a dizer.
Há um mês distribuindo currículos, Michele Correa de Souza ficou surpresa ao ver a lista de vagas. “Ontem consultei o site e vi que tinha cinco vagas para auxiliar de serviços gerais para Guarapari. Chegando aqui, nada delas na lista. Para não perder a viagem e também porque estou precisando muito, vou tentar me inscrever na de vendedora interna, mesmo não tendo experiência na área. Vai que eles chamam”.
E quando você tem experiência não apenas em um tipo trabalho, mas vários só que não existe registro na carteira para comprovar? Essa é a situação de Dona Maria Bernadete Justino. Desde que o Sine Guarapari reabriu, ela vai diariamente ao escritório. Porém, até agora nada de encaminhamento.
“Trabalho desde os 12 anos. Já fui cozinheira, secretária, babá, auxiliar de serviços, copeira, zeladora, mas não tenho nada disso registrado na carteira. E agora vem a dificuldade, porque o atendente disse que só pode encaminhar para o empregador se tiver experiência comprovada. Não tenho como ir atrás dessas pessoas que me empregaram para dar uma declaração. Por que eles não dão uma chance?”, desabafou.
Ela reconheceu que o servidor do Sine não tem negligenciado as atividades. “Ele é educado nas orientações e a gente vê que está sozinho, não tem ninguém para dividir o trabalho e mesmo assim ele ‘não desconta’. Eu já trabalhei em escritório, bem que poderia ajudar, mas sem carteira assinada, né… Vou tentar até conseguir meu espaço. Já são seis meses na luta e as contas não esperam para ser pagas”, completou.
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