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HFA já registrou quatro casos de microcefalia em Guarapari
Por Glenda Machado
Publicado em 20 de abril de 2016 às 23:30
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O Hospital Francisco de Assis (HFA) registrou até o momento quatro casos de microcefalia em Guarapari. Um em novembro do ano passado, dois em fevereiro e um em março. No entanto, uma gestante de fevereiro é do Rio de Janeiro. Estava passando o carnaval na cidade. Logo, são três casos no município desde que a epidemia se alastrou pelo país. Dois são do bairro de Muquiçaba e um de Ipiranga. E como uma maternidade humanizada, o hospital esclarece que estruturou sua equipe e instituição para oferecer todo o suporte às mães neste primeiro contato com o recém-nascido diagnosticado com microcefalia seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.
Após o nascimento é verificado o perímetro cefálico do recém-nascido. Quando a mensuração é igual ou inferior a 31,9 cm em meninos e igual ou inferior a 31,5 cm em meninas é realizada uma triagem para suspeita de Zika vírus conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No HFA, ainda são realizados exames de imagem (ultrassom transfontanela e tomografia do crânio) além de exames laboratoriais de sangue complementares. Tudo é feito nas primeiras horas de vida do bebê durante a internação. Os casos confirmados são notificados ao Serviço de Vigilância Epidemiológica de Guarapari.
“Além do perímetro cefálico reduzido, os demais exames permitem a visualização de microcalcificações do cérebro bem como a fontanela do bebê, habitualmente chamada de moleira. Se as fontanelas estiverem fechadas antes do tempo, o cérebro fica sem espaço para se desenvolver associado à história materna em caso de suspeita de Zika Vírus”, explica a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Thaís Ferreira da Roza.
O HFA atua em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Um trabalho que segue o protocolo estadual de atendimento. Após a notificação, é agendada consulta com o especialista neuropediatra no Hospital Infantil de Vitória. Além desse aparato médico, a maternidade também oferece apoio emocional por meio do serviço de psicologia.
“Acompanho o médico na hora de dar a notícia à mãe e familiares a fim de dar um respaldo psicológico e emocional. Tiramos todas as dúvidas, orientamos e esse apoio é feito durante toda a internação da paciente. Quando recebem alta, estão cientes dos cuidados e da consulta no hospital de Vitória”, afirma a psicóloga Laiz Cypriano. O gerente administrativo, Márcio Garcia, completa: “Todas as mães passam pelo mesmo procedimento e recebem o mesmo tratamento humanizado, que é o conceito de atendimento do HFA. Todos os exames solicitados e realizados com os laudos constam nos prontuários de cada paciente assim como as notificações, as orientações e os serviços prestados à mãe e ao bebê”.
E por ser o hospital maternidade responsável pelos partos realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o HFA está monitorando as gestantes com sintomas do Zika Vírus. Um trabalho que não descarta a possível relação da infecção com a microcefalia. “A grávida que procura a emergência do hospital com sintomas da doença – vermelhidão na pele e febre – é examinada e tem a sorologia colhida e encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Estado, onde o material é analisado para possível confirmação de diagnóstico”, ressalta a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Thaís Ferreira da Roza.
E é assim, com equipe multidisciplinar, infraestrutura completa e atendimento humanizado que o hospital continua investindo em nosso maior bem: a saúde. No HFA, toda a conduta de trabalho é baseada em uma palavra: acolhimento. Um diferencial a mais quando o assunto é microcefalia.
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