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Obras do canal: sem quiosque, sem banheiro e com mão única na Av. Davino Matos
Por Glenda Machado
Publicado em 28 de julho de 2016 às 16:26
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Depois de três meses em obras, o projeto de reurbanização do canal ainda gera dúvidas. Na tentativa de esclarecer os impasses foi realizada uma reunião ontem à noite pelo Governo do Estado na Igreja Matriz. Além do projeto de revitalização que não contempla quiosque nem banheiro, o trânsito também sofrerá mudanças. A Avenida Davino Matos passará a ser mão única sentido Muquiçaba.
“Quem desce da ponte, entrará na Avenida Pedro Ramos até a Rua Carlos Santana. A Avenida Davino Matos será mão única sentido Norte. O ponto de ônibus será mantido. Já os quatro quiosques que foram demolidos não constam mais no projeto. Teremos calçadas acessíveis, calçadão no entorno do canal e uma ciclovia com três metros de largura. Também vamos gerar 100 vagas de estacionamento”, explicou o engenheiro do DER-ES, Elson Gatto Filho.
A ausência de banheiros foi outro ponto bastante questionado. Embora não conste no projeto, o engenheiro disse que vai estudar a viabilidade de incluir e dará um retorno na próxima reunião, que vai acontecer a cada três meses. Outra preocupação era com a remoção do Tigrão. No entanto, foi confirmado que o monumento turístico permanecerá no mesmo local.
Parte viária
Na Avenida Pedro Ramos, a parte viária ficará pronta em dezembro deste ano. Já na Avenida Joaquim Castro está prevista para ser entregue depois do verão. O restante, como calçadão, ciclovia e mudanças no trânsito, tem prazo até março de 2018. Um investimento de R$ 42,9 milhões que está sendo executado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES).
“As embarcações menores de pesca atracarão na Pedro Ramos. Já as escunas e embarcações grandes ficarão na Joaquim Castro. O descarregamento de peixes e carga de barco de pesca será no píer onde hoje funciona a Aspropesca. Será mantido o abastecimento de gelo e combustíveis”, explicou Gatto.
Um dos questionamentos foi quanto ao embarque e desembarque dos passageiros nas escunas. Isso porque o projeto não contempla flutuantes no píer, mas sim aparamento. A preocupação é por conta da questão da maré alta e maré baixa que poderia dificultar o acesso nas embarcações. Um ponto que ficou sem resposta.
Feira e Apropesca
O projeto inicial ainda contemplava a reforma e a ampliação da antiga Casa Giacomin, onde seria implantado o Mercado Municipal de Artesanato. Isso porque a antiga Feira Hippie – que funcionava na Praça Trajano Lino Gonçalves – foi retirada do local para a reforma e transferida “temporariamente” para a área do Radium Hotel. Além da reforma e ampliação do imóvel situado na Avenida Pedro Ramos onde atualmente funciona a Associação dos Profissionais de Pesca. Ambos foram retirados do projeto atual.
“Não vamos mexer inicialmente na Apropesca. Talvez possamos demolir algumas estruturas externas. Caberá à prefeitura decidir o que será feito. E o projeto não contempla nenhuma obra na antiga Casa Giacomin”, disse Gatto.
Licenciamento
A licença ambiental também foi bastante questionada por conta do impacto no canal que é uma área de mangue. No entanto, o engenheiro destacou que se trata de um projeto licenciado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). “Quem quiser pode procurar o órgão e questionar. É um direito de todo cidadão”, finalizou Gatto.
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