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Usuários do Transcol fecham rodovia em protesto pela permanência do ponto final em Setiba
Por Natália Zandomingo
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 14:53
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A manhã desta segunda-feira (29) começou com mais um protesto realizado pelos usuários do sistema Transcol. Por volta das 5h, os manifestantes fecharam a Rodovia do Sol (ES-060) para chamar atenção da população e das autoridades sobre a transferência do ponto final da linha 672, que atualmente é no Trevo de Setiba, para as proximidades do pedágio da Rodosol, na entrada de Village do Sol.
Quem seguia para a capital Vitória precisou aguardar ou passar pela BR-101 para seguir viagem. Por volta das 8h, os dois sentidos da via foram interditados e um engarrafamento de cerca de 1,5 km se formou no sentido Vila Velha – Guarapari, de acordo com um agente da concessionária que administra a rodovia.
A Polícia Militar acompanhou o protesto e negociou com os manifestantes para que o trânsito fluísse. Quem participava do protesto concordou em deixar os veículos passarem durante dois minutos e bloquear a passagem por 30. Apenas veículos de resgate e pessoas passando mal ou com alguma cirurgia marcada podiam passar sem ter que esperar no congestionamento.
Segundo o manifestante Regis Moreno, após o protesto do dia 22 de agosto, eles formaram uma comissão de 15 pessoas para dialogar com a prefeitura, mas não foram atendidos. “A prefeitura não quis nos ouvir e não mandou ninguém para nos dar uma resposta. Como fica a população que precisa trabalhar? Como ficam os estudantes que precisam do transporte público?”, questionou.
Regis também questionou a informação de que o Transcol está tendo prejuízo com a linha que atende Setiba e disse que eles querem que o sistema seja expandido na cidade. “Nós queremos o Transcol dentro de Guarapari, que também faz parte da região metropolitana. Ouvimos que o Transcol dá prejuízo, mas como, se o sistema é subsidiado? O prejuízo está sendo para a população que precisa do transporte público”.
A informação de que a linha 672 está gerando prejuízo de R$ 60 mil por mês foi passada pelo prefeito Orly Gomes, em entrevista concedida à imprensa local no dia 19 de agosto.
Leia aqui: Transcol alega prejuízo com linha de Setiba e terá ponto final no pedágio
A auxiliar de cozinha Elidiane Batista Farias, 29, contou que mora no bairro Adalberto Simão Nader e trabalha em um shopping de Vila Velha. Todos os dias ela pega três ônibus para ir e três para voltar, pois a passagem é mais barata. Com a mudança do ponto final, ela teme perder o emprego. “Vamos acabar ficando desempregados porque o gasto com passagem vai ser maior. Queremos que o Transcol entre em Guarapari e vá até Meaípe”.
O professor Denilson Machado, 46, seguia para uma audiência no Ministério Público do Trabalho e não sabia se conseguiria chegar a tempo, mas achou legítima a manifestação. “Eu concordo com o protesto da população, mas deveria ser feito de uma forma que não prejudicasse ainda mais pessoas”.
Entramos em contato com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) e com a Prefeitura de Guarapari, mas até a publicação desta matéria não tivemos resposta.
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