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De cada 10 candidatos a vereador, apenas 2 terminaram a faculdade
Por Livia Rangel
Publicado em 8 de setembro de 2016 às 10:06
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Entre os candidatos a prefeito, seis possuem Superior completo, um tem Ensino Médio completo e um apenas o Fundamental completo.
Ser vereador é tarefa que exige grande responsabilidade e cada vez mais conhecimentos técnicos de legislação, para propor projetos de relevância social, e de gestão, para fiscalizar as ações do Executivo com segurança. Ou seja, requer muito estudo. Entretanto, segundo as leis eleitorais em vigor, para se candidatar a qualquer cargo eletivo é necessário apenas saber ler e escrever.
Usando como base o sistema de estatísticas eleitorais do TSE, o Folha da Cidade fez um levantamento do nível de escolaridade dos candidatos a vereador e prefeito de Guarapari nas Eleições 2016. Nele chamou a atenção o baixo número de candidatos com Ensino Superior Completo que disputam a Câmara Municipal. Dos 307 registrados, apenas 67 ou 21% do total possuem diploma de alguma faculdade.
Quando o cargo pesquisado é o de prefeito, a situação se inverte: dos oito candidatos, seis concluíram a faculdade, um tem o Ensino Médio e um terminou os estudos no nível Fundamental. Entre os vices, cinco têm diploma superior enquanto os outros três só concluíram o Ensino Médio.
Na mesma base de dados, é possível pesquisar o sexo, faixa etária, estado civil e ocupação dos candidatos. Entre os que desejam uma cadeira no legislativo, os dois cargos com maior número de representantes são o de comerciário (49) e comerciante (37).
RAIO-X DOS CANDIDATOS EM GUARAPARI – fonte TSE
PEC. Enquanto isso, tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece a exigência do diploma de ensino superior para candidaturas políticas. Se o projeto for aprovado, apenas pessoas que concluíram a faculdade poderão concorrer às cadeiras de presidente da República, governador, senador, deputado federal, estadual ou distrital, prefeito e vereador.
Autor do projeto, o deputado Irajá Abreu (PSD/TO) acredita que os políticos precisam ter uma “visão mais profunda da realidade brasileira, o que a disponibilidade de conhecimentos integrados por uma visão acadêmica pode propiciar com maior efetividade”. “Pretendemos elevar o nível dos debates e da legislação produzida em todas as unidades federativas”, afirma no documento. “Hoje, verificamos que muitos membros do Poder Legislativo possuem, inclusive, dificuldade de leitura”, completa.
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