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90 motoristas e cobradores podem ficar sem emprego em Guarapari
Por Natália Zandomingo
Publicado em 1 de novembro de 2016 às 15:03
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Na próxima terça-feira (08) a empresa Expresso Lorenzutti, vencedora da licitação do transporte coletivo de Guarapari, passará a operar com exclusividade conforme o contrato assinado em agosto com a prefeitura. Isso significa que as outras empresas não poderão prestar esse tipo de serviço na cidade. Com isso, cerca de 90 motoristas e cobradores estão cumprindo aviso prévio e podem ficar desempregados. A informação é dos proprietários das empresas Cidade Saúde, Nova Guarapari e Viação Guarapari.
De acordo com o proprietário da Viação Cidade Saúde, Walter Viana, a medida foi necessária para não prejudicar o acerto com os trabalhadores, já que a partir da próxima semana não haverá arrecadação. Um motorista que não quis se identificar disse que todos os funcionários estão nessa situação e que ninguém foi procurado para trabalhar na empresa vencedora.
No edital de licitação consta uma declaração em que a empresa vencedora se compromete a contratar parte dos funcionários. “DECLARAMOS (sic), sob as penas da lei, que absorveremos os empregados da concessionária substituída, que tenham mais de 1 ano de serviço, até o limite de 2 funcionários por ônibus, mantendo-os empregados pelo prazo mínimo de 6 meses”.
A Expresso Lorenzutti informou que está fazendo um levantamento para saber quantos profissionais serão contratados. Já o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig), Wallace Belmiro, falou que a instituição não foi convidada para participar do processo de licitação e não tem conhecimento no número de rodoviários que correm o risco de ficar sem emprego.
Ministério Público abre inquérito
O dono da Nova Guarapari, José Maria Brambati, disse que está confiante de que o Ministério Público dará uma resposta favorável para as empresas de transporte que estão deixando o sistema. “Nós podemos até parar por alguns dias, mas vamos conseguir voltar”.
A manifestação do empresário diz respeito a uma denúncia de possíveis irregularidades na concorrência pública. Para tentar reverter a situação, a Cidade Saúde e a Nova Guarapari, com apoio da Viação Guarapari, recorreram ao MP Estadual e ao Tribunal de Contas do Espírito Santo.
Na última quinta-feira (27), o promotor de Justiça Genésio Bragança converteu o procedimento preparatório em inquérito civil para apurar as possíveis irregularidades. De acordo com o advogado Fausto Almeida, o procedimento anterior é uma espécie de avaliação das peças apresentadas ao órgão. Já o inquérito civil, aponta que o MP encontrou fundamentos para dar continuidade ao processo, mas ainda não se trata de um processo judicial.
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