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Empreendimento de R$ 201 milhões vai criar 3 mil empregos a partir de dezembro
Por Glenda Machado
Publicado em 15 de novembro de 2016 às 12:23
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Cinco torres, sendo três residenciais, um hotel com heliponto e outra comercial com um shopping. Um investimento de R$ 201 milhões promete trazer para Guarapari a arquitetura moderna de Hong Kong, Nova York, Dubai. É o Absolute Town Mall e Residence, que será construído no antigo campo Davino Matos no Centro. À noite, as torres com mais de 88 metros de altura vão mudar de cor sendo mais um atrativo no município.
A previsão é que o empreendimento comece a ser construído em dezembro deste ano com a criação de 3 mil empregos diretos durante os cinco anos de construção. Já na operação do shopping e salas comerciais, serão criados 700 postos de trabalho. A empresa responsável pela obra é a Alfa Engenharia de Pedro Scopel, que ainda briga na justiça pelo título da propriedade com Marcel Nogueira Lemos Faleiros.
A uma semana da audiência judicial que pode definir o verdadeiro dono, o projeto foi apresentado à comunidade ontem à noite em audiência pública em véspera de feriado. “A empresa já ganhou em primeira instância e no dia 21 deste mês será julgado o recurso”, disse o engenheiro da Alfa, Fabrício Alex dos Santos. Questionado se o impasse não poderia embargar a obra, ele apenas respondeu que “não”.
Dos 12 mil metros quadrados, 1.657 foram doados para a prefeitura com o objetivo de alargar todas as avenidas do entorno. Além disso também serão criadas 1546 vagas de estacionamento para carros de passeio, sendo 672 de uso residencial e 701 destinado ao shopping, salas e hotel. Deste total, 173 são a mais do que o exigido na legislação por unidade habitacional ou comercial que podem ser usadas como rotativo para desafogar o trânsito.
“A torre comercial e o hotel ficarão na parte frontal do terreno, já as três torres residenciais ficarão na parte traseira. Todas as entradas são pelas vias laterais e de trás para preservar a via principal, a Davino Matos”, explica o arquiteto urbanista Sandro Pretti, responsável pela empresa que fez o projeto, a Pretti Arquitetos Associados.
Segundo ele, o shopping terá três pavimentos com 88 lojas, 3 salas de cinema, 1 centro de convenções, 2 auditórios e 2 salas de reuniões. Na torre comercial ainda terá 208 salas, sendo 13 por andar. O hotel contará com 240 unidades ao total, sendo 15 por andar. E nas torres residenciais serão oito apartamentos por andar, totalizando 384. Destes, 192 com dois quartos e 192 com três quartos.
As atuais lojas do entrono do antigo estádio serão demolidas e a empresa explicou que está negociando com os 90 lojistas, inclusive com pagamento de indenizações. No entanto, os comerciantes contam que não estão recebendo o valor prometido. “Temos contratos de 10, 20, 30 anos que já pagamos, não é justo sair sem nada, nós dependemos deste trabalho para sustentar nossas famílias”, disse um dos lojistas que não quis ser identificado.
Questionados sobre o estudo de viabilidade econômica, os representantes não souberam explicar. Mas destacaram que os horários de funcionamento do shopping será de segunda a sexta das 10h às 22h para as lojas e até às 23h para a praça de alimentação e cinema. Já aos domingos será das 15h às 21h para as lojas e das 11h às 22 no caso da praça de alimentação e cinemas. As lojas da torre comercial serão das 8h às 18h de segunda a sexta e das 8h às 14h aos sábados. Já o hotel terá funcionamento 24h.
Dentro do estudo de impacto de vizinhança, feito pela empresa Praea Projetos e Serviços Ltda, também ressaltaram a solicitação de 2 mil pontos telefônicos da OI, reserva de abastecimento de água potável com 599 mil litros por dia da Cesan além de um sistema de reserva de água não potável como a água da chuva com capacidade de 216 mil litros. “Impactos vão surgir, mas as ações mitigadoras e de compensação propõem minimizar ao máximo”, disse o arquiteto urbanista da empresa, Jeferson Miranda Pimentel.
Mais de 50 pessoas compareceram à audiência pública que foi mediada pelo secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Rural, Antonio Chalub. “A prefeitura vai fiscalizar em todos os momentos. O projeto foi aprovado dentro do PDM de 2007, o que está em vigor, e terá que respeitar toda a legislação. Vamos acompanhar a licença ambiental e fiscalizar as medidas compensatórias. Uma das condicionantes, por exemplo, é priorizar a mão de obra local. Em caso de descumprimento, podemos até embargar a obra e cancelar a autorização”, finalizou.
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